segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fidel Castro Premio Nobel da Paz?



O site cubadebate.cu propõe Fidel Casto a Prémio Nobel da Paz.

Eu respondi assim:

Caros Opressores!

Eu sei que este e.mail não vai ser publicado. Sei também que o tema comunismo é irreal, o que faz com que este site e toda a América Latina comunista não passem de uma ideologia corrupta e irreal do verdadeiro comunismo escrito por Karl Marx.

O comunismo está para Cuba como o prémio nobel da paz está para Fidel, ou seja, não está.

Segundo "O Livro Negro do Comunismo", desde 1959, estima-se em 100 mil o número de pessoas que passaram pela cadeia ou pelos “campos” de reeducação no país. Os fuzilamentos são estimados entre 15 mil e 17 mil pessoas.

Sem dúvida alguma, podemos afirmar que Fidel Castro é um dos maiores assassinos da história contemporânea. Ou não?


Eu comparo Fidel Castro a Hitler. Ambos seguiram os seus ideais e ambos provocaram genocídeos para atingirem a grande "causa". Merece Hitler o prémio nobel da paz?

JTSM

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Amizade





















O que é a amizade? Bem, etimologicamente deriva do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego.

Nem mais, amizade deriva da palavra em latim amore. Agora pergunto eu, quantas pessoas sentem a amizade de uma forma tão profunda (não confudir com o amor de paixão, que é algo completamente diferente), isto é, quantos de nós sentem "amore" pelo seu amigo mais íntimo?

A intimidade entre duas pessoas é algo dificil de atingir. Ao estar a falar de intimidade não estou a falar de sexo. Estou antes a falar do momento em que todos os entraves sociais, animais e biológicos são desvendados para dessa forma podermos confiar plenamente no nosso "amigo", e depositar nele todos os nossos segredos, sem medo de ferir o nosso ego.

Falei em entraves sociais, animais e biológicos. E o que são esses entraves? Não é nada mais nada menos o resultado da nossa convivência numa sociedade podre, onde os valores não existem, onde o nosso lado animal é constantemente colocado á prova para dessa forma podermos sobreviver ás constantes actividades egoístas das pessoas que nos rodeiam.
No seguimento disso temos em casa os nossos pais constantemente a dizer para não confiar cegamente em alguem pois podemos ser traídos. E é verdade.

E o que é feito da amizade (amore) se não podemos confiar cegamente em alguém? Fará sentido usar a palavra amizade?

Ora vejamos. A amizade íntima, a amizade pura, só será conseguida se duas pessoas estiverem dispostas a libertar todos os seus preconceitos, se estiverem dispostas a contar ao seu amigo tudo aquilo que pertence ao lado "exterior" da sua personalidade mas principalmente se estiverem disposto a "abrir" o seu lado mais obscuro (todos nós o temos), confiando sem qualquer receio tudo aquilo que pensa e sendo espontâneo nesse diálogo não receando o que o outro pensa, pois o outro tem de ser capaz de escutar e compreender, e se assim for necessário de repreender.



João Moura

sábado, 7 de novembro de 2009

No comment

João Tiago diz:
my shadowself is looking for people like u. It will get into u. u will not feel anything, and then, it will controle urself. U will do all i order u. U will be my sexual slave. I will possess u by all the fucking ways u can imagine. And then, when i decide to, u will fall and die. But before, u will suffer a lot. U will be for merci, and i will say "suck my balls"
*u will beg
Hugo diz:
tens problemas sérios...
João Tiago diz:
no i'm an hero. I can do all i want to do. The are only a man with problems here. And this one is u. U r the human being that will die with my shadowself inside
my power is so fucking amazing
i can controle everybody, evereywhere, at any time
Hugo diz:
lol
axas q vou ler isso?
fala sozinho and
*a
ou vai à wc aliviar um pouco

sábado, 17 de outubro de 2009

O homem não foi à lua?

Introdução

"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade" - foi o que disse Neil Armstrong, no dia 20 de julho de 1969, para quase 1 bilhão de pessoas que o ouviam ao vivo na Terra. Hoje, passados mais de 35 anos, algumas pessoas acham que ele deveria ter acrescentado: "Acredite... se quiser!".

Existem pessoas que afirmam que o homem nunca foi à Lua e que todas as fotos e filmagens exibidas pelas várias missões espaciais foram forjadas pela NASA em um estúdio da Área 51 (famosa por outras teorias da conspiração, como o caso Roswell). Segundo estas pessoas, a NASA decidiu enganar o mundo inteiro quando descobriu que não poderia vencer os soviéticos na corrida espacial. Ainda mais grave: alguns dizem que a explosão que matou três astronautas em 1967 não foi um acidente, mas o assassinato dos homens que se recusavam a colaborar com a farsa.

O mito de que o homem não foi à Lua não é novo mas até hoje só encontrava eco em pessoas com pouca ou nenhuma formação acadêmica. Mas em 2001 algo novo aconteceu. No auge da popularidade do seriado "Arquivo X", o canal FOX exibiu o documentário "Conspiracy Theory: Did We Land on the Moon?" ("Teoria da Conspiração: Nós fomos à Lua?", disponível na sua rede P2P favorita). Apresentado pelo ator Mitch Pileggi (o diretor assistente Skinner na série), o programa é um dos maiores exemplos de mau jornalismo que já se viu na TV. Ao exibir as evidências da suposta farsa sem permitir que os cientistas as esclarecessem (o programa é permeado por esparsos comentários de um representante da NASA mas tão vagos e fora de contexto que acabam funcionando a favor da conspiração) o programa não só deu credibilidade à conspiração da Lua como ainda endossou a idéia de que a NASA teria assassinado seus astronautas. Muito bom para um episódio de Mulder e Scully mas não para o mundo real.

Desde então, impulsionado pela popularidade da FOX e transmitido aos quatro cantos pela internet, o mito se alastrou. No Brasil, talvez alimentado por um forte sentimento anti-americano, o mito encontrou nestes tempos bicudos um terreno fértil para prosperar. Não há números oficiais mas é possível constatar em blogs e listas de discussão que é grande o número de jovens estudantes e até professores que duvidam - seriamente - que o homem pisou na Lua (o documentário da FOX afirma que 20% dos americanos duvidam que o homem foi à Lua mas, considerando-se a fonte, esta estatística deve ser encarada com suspeita).

O pai do mito de que o homem nunca pisou na Lua é o americano Bill Kaysing. Entre 1957 e 1963, Kaysing trabalhou como catalogador na Rocketdyne, empresa que fornecia peças para a NASA e em 1974 lançou o livro "Nós nunca fomos à Lua" ("We Never Went to the Moon"). A única formação acadêmica de Kaysing é o título de bacharel em Inglês, curso que fez em 1949. Uma entrevista com Bill Kaysing, em áudio e vídeo, pode ser encontrada aqui. Aqui no Brasil, nosso mais ativo representante é o diretor e professor de cinema André Mauro. Mauro tem um livro publicado sobre o tema - "O Homem não pisou na Lua" (que por algum tempo esteve em todas as bancas de jornais do Rio de Janeiro) - que já lhe rendeu uma aparição no programa de entrevistas do Jô Soares. Embora seu site não acrescente nenhuma informação nova ao mito, Mauro se distingue por ter diversificado sua incredulidade. Além de não acreditar que o homem foi à Lua, Mauro também não acredita na bomba atômica, nos buracos negros, na teoria da relatividade, nos atentados terroristas de 11 de setembro, que Saddam Hussein tenha sido capturado pelos americanos durante a invasão do Iraque e nem que a Terra gira ao redor do Sol (!!); na sua versão do naufrágio do Titanic o culpado não foi um iceberg, mas uma organização Jesuíta e, como seria de se esperar, defende o mito das mensagens subliminares a ponto de espelhar o conteúdo dos sites evangélicos sobre o tema.

A maior parte dos argumentos utilizados por Bill Kaysing, André Mauro e outros conspiracionistas da Lua para tentar provar que a missão espacial foi uma farsa são tão ingênuos que podem ser rebatidos por conhecimentos básicos de física e fotografia. A seguir examinamos estes argumentos.



Os argumentos fotográficos (I)

Qual o problema com as sombras na Lua?


Nós só vemos os objetos porque eles refletem a luz em direção aos nossos olhos. Se você está em um quarto escuro de paredes escuras iluminado por uma fonte única de luz, nada que esteja sob sua sombra será visível já que esta região não recebe luz alguma que possa ser refletida. Esta é uma situação pouco comum na Terra onde, além da luz direta do Sol, somos banhados pela luz refletida na atmosfera, nas nuvens, no solo, etc, de forma que as sombras, na maior parte das vezes, são na verdade penumbras, ou seja não são áreas de total ausência de luz. Mas se na Lua não há atmosfera para espalhar a luz e toda a iluminação provém unicamente do disco solar pairando no céu negro, seria de se esperar que as sombras fossem absolutamente negras, regiões de total ausência de luz nas quais nada fosse visível. Então como é possível enxergar os astronautas sob a sombra do módulo lunar (como na figura abaixo)? Como é possível ver, em algumas fotos, a frente do astronauta quando ele tem o Sol às suas costas?

A explicação é simples: assim como na Terra, o Sol não é a única fonte de luz na Lua. O solo lunar é formado de silicatos brilhantes que refletem de volta uma parte considerável da luz do Sol, funcionando como uma grande fonte de luz indireta. O efeito é o mesmo que se observa na Terra quando a luz do Sol incide sobre a areia branca da praia ou sob uma superfície coberta de neve (quanto mais branco é o solo mais luz é refletida, por isso esquiadores têm que usar óculos escuros especiais). A fuselagem brilhante do módulo lunar e a cor branca do traje espacial do astronauta que tira a foto ajudam ainda mais na iluminação indireta, em um efeito parecido com o de um assistente que segura uma folha laminada junto a um modelo sendo fotografado. E não se pode esquecer que a própria Terra, com sua cobertura de nuvens brancas e muito maior no céu da Lua do que a Lua aqui (ainda que não tão brilhante), ajuda um pouquinho mais na iluminação da noite ensolarada da Lua.

Outro problema levantado pelos conspiracionistas é que em muitas fotos as sombras projetadas pelos astronautas parecem ter comprimentos e direções diferentes, sugerindo que a filmagem foi realizada em estúdio com mais de uma fonte de luz. As fotos clássicas são estas ao lado (ei...mas se houvesse dois refletores cada astronauta não teria duas sombras?).

A explicação para o problema do tamanho das sombras é bastante simples. Primeiramente é importante notar que o terreno lunar não é nada plano, mas cheio de montes, montículos e crateras que muitas vezes são pouco evidentes nas fotos, especialmente nas de menor resolução. Além disso, devemos nos lembrar que uma pessoa em uma elevação lança uma sombra maior do que uma pessoa em um ponto mais baixo. A diferença de tamanho entre as sombras será mais acentuada quanto mais baixo no horizonte estiver o Sol. A figura abaixo ilustra a situação com um modelo em 3D; na imagem os dois bonecos têm a mesma altura e estão a uma mesma distância da borda anterior, de onde vem a luz.

Isto explica o tamanho das sombras na primeira das fotos acima, mas o que dizer das direções delas? O que acontece é que duas sombras vistas em uma foto ou em qualquer representação plana de fato não serão paralelas se estiverem sobre duas superfícies não paralelas. Perceba no modelo 3D acima como a sombra projetada na superfície inclinada parece mudar de direção quando ela encontra a base da elevação. Agora observe as duas imagens abaixo, uma delas de um modelo da superfície lunar que construímos para mostrar este detalhe.



Finalmente, para eliminar qualquer dúvida: acompanhe as duas seqüências de imagens abaixo (retiradas de www.clavius.org, o mais completo site dedicado a combater os argumentos conspiracionistas). Todas as fotos foram tiradas em um terreno praticamente plano. Veja como, à medida que a câmera se afasta é impossível dizer o ângulo real que a sombra faz com o objeto. Na primeira seqüência vê-se que a sombra da rocha faz com a estaca um ângulo de mais ou menos 15 graus. Já na segunda foto, tirada a 20 metros, a sombra da pedra e da estaca parecem quase horizontais. Na segunda seqüência as sombras da pedra e da haste fincada no solo, que são perfeitamente paralelas na vista aérea da primeira foto, parecem ter direções completamente diferentes quando a foto é tirada a 17 metros. Novamente a sombra da pedra, por ser mais curta, parece praticamente horizontal.



Além de tudo isso ainda é preciso levar em conta o efeito da perspectiva sobre as sombras paralelas de mesmo comprimento. Veja a foto ao lado.

Agora observe a foto abaixo, exaustivamente usada pelos conspiracionistas para mostrar como as sombras estão "erradas". Em vista do que mostramos você ainda acha que as sombras nesta foto deveriam realmente ser paralelas?


Os argumentos fotográficos (II)

Onde foram parar as estrelas?
Por que não se vê estrelas em nenhuma das fotos tiradas pelos astronautas? Afinal, com céu límpido e sem nenhuma outra fonte de luz para ofuscar as estrelas além do disco solar (e da azulíssima Terra), seria de se esperar que as fotos e filmagens exibissem um fundo estrelado pelo menos tão belo quanto aqueles que vemos nas áreas rurais. Em vez disso não se vê nada a não ser uma negritude absoluta. Seria esta uma evidência de que a filmagem foi forjada dentro de um estúdio? Ou teriam sido as estrelas apagadas das fotografias para não revelar o local aonde a farsa foi montada?



Para aqueles com conhecimentos mínimos em fotografia, este fato não esconde conspiração alguma. É bem conhecido o fato de que para fotografar objetos que emitem pouca luz, como estrelas, é preciso aumentar o tempo de exposição da imagem para que uma maior quantidade de luz passe pelo obturador da máquina e impressione o filme (ou utilizar um "filme rápido" que se sensibilize mais rapidamente, diminuindo o tempo de exposição). É claro que isto é um problema se você quer, na mesma foto, retratar objetos zilhões de vezes mais brilhantes, como uma enorme Lua cheia ou astronautas em roupas brancas reluzentes andando em um terreno brilhante. Neste caso o excesso de luz acabaria "lavando" a imagem, tornando a foto borrada.

Só para comparação, em 1967 a sonda não tripulada Surveyor, enviada à Lua para investigar se o local escolhido para o pouso era apropriado, tirou diversas fotos do céu estrelado para orientação futura, mas para isso precisou utilizar um tempo de exposição de quase 3 minutos. Este tempo foi simplesmente 45000 vezes maior do que o tempo de exposição (0,004 s) das fotos tiradas pelos astronautas.

Por que aquelas linhas estão atrás dos objetos?

As lentes da máquina usada na Lua possuíam finas linhas em forma de cruz utilizadas para fazer medidas de distância. É evidente que estas cruzetas, ficando entre a luz e o filme, deveriam aparecer sempre por cima das imagens. Mas então como explicar as marcas que aparecem por baixo de alguns objetos em certas fotos? Será que a NASA manipulou estas imagens adicionando desastradamente as imagens por sobre as marcas? Responder esta pergunta é fácil. Bem mais difícil seria responder porque a NASA faria isso se estivesse empenhada em forjar estas fotos.



Novamente tudo o que é necessário é um mínimo de conhecimento de fotografia. Assim como a tinta de uma caneta tinteiro faz um pequeno borrão sobre o papel se você mantiver sua ponta por muito tempo no mesmo local, a luz também "borra" o filme espalhando-se sobre as áreas adjacentes da imagem caso sua quantidade seja muito grande. Realmente, observando as fotos com um pouco mais de cuidado, é possível perceber que as cruzetas parecem sobrepostas somente quando o objeto atrás delas é branco. Podemos concluir que a grande quantidade de luz refletida por estas áreas brancas "escorreu", ou seja, sensibilizou a área vizinha do filme preenchendo as tênues linhas. A ampliação ao lado, em que a linha reaparece por detrás da área brilhante, encerra o caso.

Existem fotos onde o fundo é idêntico, mas o módulo lunar só aparece em uma delas!

Finalmente a prova inquestionável da farsa, dizem os conspiracionistas: duas fotos com o mesmo fundo, uma como o módulo lunar outra sem ele! Que descuido da NASA!



 Antes de mais nada, é muito difícil afirmar que duas fotos foram tiradas exatamente no mesmo local com base apenas em um distante fundo montanhoso, e qualquer exercício deste tipo é maliciosamente falacioso. Como exemplo compare as duas fotos ao lado - A árvore não aparece na foto da direita, embora o fundo seja o mesmo. Será esta foto uma fraude? (fonte). Neste caso o engano conspiracionista vai mais longe: as fotos não têm o mesmo fundo. Na verdade, elas são ampliações das regiões centrais das fotos mostradas abaixo cortadas de maneira a parecerem iguais. Analisando as originais é possível perceber que as duas foram tiradas em locais diferentes embora evidentemente próximos, talvez várias dezenas de metros uma da outra.



Onde foi parar a Terra nas fotos lunares?
Algumas pessoas afirmam que a Terra não aparece em nenhuma das filmagens. Bem, isso simplesmente não é verdadeiro, como se pode ver nas imagens abaixo.



Outros reconhecem que a Terra aparece em algumas fotos, mas não se convencem que as imagens são realmente do nosso planeta. Como a Terra é muito maior do que a Lua, estas pessoas esperavam ver um imenso disco terrestre nas fotos e não aquele pontinho decepcionante.

Se por um lado é verdade que a Terra cheia na Lua é 13,5 vezes maior do que a Lua cheia na Terra, por outro lado não é tão simples assim captar este esplendor em uma foto. Como sabem todos aqueles que já se frustraram ao tentar capturar uma belo luar com uma máquina doméstica, o tamanho da Lua em uma fotografia varia de acordo com o tamanho da lente que se usa. Máquinas domésticas geralmente possuem lentes de 50mm o que faz da Lua apenas um pontinho mirrado de luz. A imagem abaixo mostra o tamanho aparente da Lua de acordo com o tipo de lente. A lente usada pelos astronautas era de 70 mm então você já sabe o que esperar.

Como as fotos ficaram tão boas?
Para manter as mãos livres as máquinas fotográficas dos astronautas ficavam presas ao peito. Isso fazia com que eles tivessem que mover o corpo todo para enquadrar uma foto, o que certamente era um bocado difícil. Mas então como os astronautas conseguiram fazer registros tão perfeitos da Lua?

Em primeiro lugar: muito treino. Os astronautas evidentemente treinaram exaustivamente todos os detalhes da missão, inclusive este. Mas mesmo que a prática não leve à perfeição não é possível dizer que dentre as 17.000 fotos tiradas não havia algumas cabeças cortadas aqui e ali, só porque estas fotos não foram publicadas nos jornais, não é verdade? Além disso, como seria de se esperar, mesmo as melhores fotos usadas pela imprensa foram tratadas, centradas e enquadradas.


Os argumentos físicos (I)

Por que a bandeira está tremulando se não há vento?
Que fraude descuidada seria aquela que mostrasse uma bandeira tremulando ao vento como em uma praia, quando até uma criança sabe que não há vento na Lua. Pois os conspiracionistas defendem que em plena gravação da farsa, um assistente distraído deixou a porta do estúdio aberta; um ventinho fortuito entrou e... ninguém percebeu até ser muito tarde!

Farsa ou não, a verdade é que, ao contrário do que dizem os conspiracionistas, só é possível ver a bandeira americana balançando ou quando o astronauta tenta fincá-la no solo -- que era bem mais duro do que eles imaginavam -- rodando sua haste de um lado para o outro como uma barraca de praia, ou imediatamente depois de fazer isto, quando a haste flexível da bandeira ainda tinha algum movimento residual (muito pouco atenuado no vácuo lunar). Nas demais cenas o pano da bandeira parece balançar, mas está apenas artificialmente esticado.

Assim como eu e você, os engenheiros da NASA também sabiam que um pedaço de tecido não se manteria esticado na ausência de vento, por isso dotaram a bandeira de uma haste articulada horizontal (que pode ser vista claramente na foto acima). Na primeira missão os astronautas não conseguiram armar completamente esta haste e foram obrigados a manter a bandeira semi-esticada como uma persiana. O problema é que gostaram tanto do efeito que o repetiram propositalmente nas outras missões. É irônico que a tentativa de imitar a realidade terrestre tenha criado dúvidas sobre a realidade lunar...

Para saber mais sobre a bandeira americana na Lua, incluindo os aspectos políticos de se usar uma bandeira representando os EUA e não o mundo, leia o artigo "Where No Flag Has Gone Before: Political and Technical Aspects of Placing a Flag on the Moon".

Que filme fotográfico é este, que resiste a temperaturas tão elevadas?
Apesar de estar quase à mesma distância do Sol do que a Terra, a Lua não possui uma atmosfera para filtrar os raios solares. Como a luz solar atinge diretamente a superfície, a temperatura durante o dia lunar pode passar tranqüilamente de 100°C. Um dos principais argumentos dos conspiracionistas é de que não existe até hoje um filme fotográfico que resista à estas temperaturas. Para provar este argumento Bill Kaysing costuma contar a história de um amigo que colocou o filme de sua máquina dentro de um forno e o derreteu completamente.

Em primeiro lugar, ao contrário do que pensam os conspiracionistas, os cientistas da NASA são razoavelmente espertos e, pelo mesmo motivo que os beduínos não cruzam o deserto do Saara ao meio dia, também os astronautas não foram à Lua com o Sol a pino, mas em uma manhã lunar (lembrando que o dia lunar dura duas semanas terrestres), com a temperatura bem mais baixa.

Em segundo lugar é preciso entender que 100 graus na Lua são bem diferentes de 100 graus dentro de um forno, como pensa o ingênuo Kaysing. No interior de um forno o calor é conduzido através do ar por condução (o ar aquece o que está em contato com ele) e por convecção (o ar quente sobe e o frio desce), mas sem ar a única maneira que resta para transmitir o calor é através de irradiação, ou seja, a luz precisa incidir sobre o material para aquecê-lo. Por isso, ao mesmo tempo que no vácuo lunar a temperatura é muito alta também é relativamente fácil manter algo resfriado, basta utilizar um recipiente branco ou espelhado que reflita a maior quantidade possível da luz incidente. Assim, pelo mesmo motivo que na Terra as caixas de isopor são brancas e as garrafas térmicas têm seu interior espelhado, na Lua a câmera fotográfica era mantida em um compartimento refratário à luz (isso também explica porque a roupa dos astronautas era branca).

É claro que por mais bem protegido que fosse, o filme levado à Lua ainda precisaria resistir à temperaturas mais altas do que o normal para os padrões terrestres, por isso não foi, como você já deveria esperar, comprado em uma lojinha de Houston, mas projetado sob medida para a NASA pela Kodak. Se você ainda não encontra este filme para comprar naquela lojinha de Houston é porque o turismo espacial ainda não é muito popular.

Pegadas na Lua?
Se você já caminhou em uma praia, notou que suas pegadas ficavam muito mais nítidas na areia úmida do que na areia seca e fofa. De fato, na Terra as pequenas gotas d'água funcionam como aglutinador para as partículas de areia permitindo que se mantenham coesas. Mas e na Lua? Sem umidade, como se formaram aquelas pegadas tão bem definidas dos astronautas?

Aqui a questão é um pouco mais complicada. O solo lunar é formado em sua maior parte de silicatos, uma categoria de material que forma longas cadeias de moléculas. Quando estas cadeias são rompidas, digamos, pelo impacto de uma bota, suas extremidades ficam livres para se combinar com outros elementos. Na Terra elas rapidamente se combinariam com o oxigênio do ar formando óxidos (processo conhecido por oxidação), mas na Lua, sem uma atmosfera gasosa, as partículas acabam por se recombinar com as outras partículas vizinhas deslocadas pelo impacto, como se fossem - mal comparando - um longo velcro de moléculas que se rearruma.

Por que não há poeira sobre os trens de pouso do módulo lunar?
É de se imaginar que os gases expelidos pelos foguetes do módulo lunar durante sua descida tivessem jogado para o alto uma grande quantidade de poeira. A ausência de pó sobre o trem de pouso seria a prova de que o módulo lunar foi cuidadosamente posicionado em sua locação.

Como se vê, há alguma poeira. Mas não tanta quanto gostariam os conspiracionistas.

Novamente os conspiracionistas parecem usar conhecimentos físicos adquiridos nos filmes de ficção científica. Pois pelo mesmo motivo que não há explosões ruidosas e esfumaçadas no espaço quando uma nave do Império atinge um caça Rebelde, no vácuo lunar não há como a poeira permanecer flutuando em suspensão até eventualmente se depositar sobre uma superfície; sem a resistência do ar toda a poeira que tivesse sido deslocada pelos foguetes cairia tão rapidamente quanto uma pedra. Ainda mais importante: como os foguetes do módulo lunar não produziam nenhum deslocamento de ar (pois não há ar) as únicas partículas de poeira que se moveram foram aquelas diretamente no caminho dos gases expelidos. A situação é completamente diferente de um helicóptero pousando em um deserto, com toda aquela turbulência criando redemoinhos de areia.

A idéia de uma descida espalhafatosa fez com que os conspiracionistas esperassem ver uma grande cratera sob os foguetes do módulo lunar. Bem, as fotos mostram marcas, mas elas não são tão fundas quanto os leigos gostariam. Para explicar a falta de marcas profundas é preciso lembrar que o módulo lunar possuía sensores na forma de cabos em 3 das 4 plataformas de pouso. Quando um destes cabos tocava o solo uma sinal era enviado à cabine de comando indicando ao piloto que era o momento de desligar os jatos. Como o módulo lunar atingia o solo com seus foguetes desligados, as marcas de aterrisagem e a poeira geradas foram muito menores do que a fantasia pressupõe.

Como o Módulo Lunar conseguiu decolar de volta?
No país em que todos são técnicos de futebol também há alguns cientistas espaciais. Alguns deles, como o autor do site www.afarsadoseculo.com.br, olham para o módulo lunar e audaciosamente escrevem: "Você crê que aí dentro há combustível suficiente para alimentar um propulsor?"

A gravidade na Lua, como você já foi ouviu falar é 6 vezes menor do que na Terra. Isto significa que a velocidade para que alguma coisa, qualquer coisa, escape da superfície da Lua é muito mais baixa do que na Terra; tão baixa na verdade que a Lua não consegue manter nem sequer umas poucas moléculas de gás para formar uma atmosfera; escapam todas para o espaço. Por isso não foi preciso muito combustível para impulsionar o módulo lunar; bastava um "empurrãozinho" para lançá-lo de volta à Terra. Além disso, como não há atmosfera na Lua também não há resistência do ar nem a necessidade de que o módulo lunar fosse aerodinâmico.

Os argumentos físicos (II)

Há uma pedra com uma letra "C" gravada!
De fato uma das fotos da Missão Apolo 16 é possível ver o que parece ser uma letra "C" gravada em uma pedra. Conspiracionistas vêem nisto a prova de que esta pedra é parte do cenário teatral montado para a farsa.

O site www.lunaranomalies.com investigou os negativos das fotos armazenados em três diferentes Arquivos Públicos americanos e descobriu que a marca não aparece em nenhum deles (curiosamente este site crê em diversas outras teorias conspiratórias, como sinais de UFOs que teriam sido encontrados na Lua e mantidos em segredo pela NASA, mas é um dos mais devotados a desmistificar o mito de que o homem nunca esteve lá, afinal este é um pré-requisito para as suas teorias!). Ampliando a foto impressa os investigadores concluíram a marca na pedra era um fio de fibra que havia se depositado sobre o filme antes da revelação, o que pode ser constatado pela imagem abaixo. Repare como o fio projeta uma sombra atrás de si, na parte superior.

Como os astronautas suportaram a radiação espacial?
Foi em 1958, logo no início da corrida espacial, que os cientistas descobriram que nosso planeta é circundado por uma grande nuvem de partículas carregadas - prótons em sua maioria, aprisionados pelo campo magnético terrestre. Esta nuvem de forma toroidal foi denominada cinturão de Van Allen, em homenagem ao seu descobridor.

Um dos argumentos mais utilizados pelos conspiracionistas em sua teoria é que esta rosquinha de radiação espacial seria mortal para os astronautas que tentassem atravessá-la, a não ser que estivessem protegidos por pesadas camadas de chumbo. Esta impossibilidade física, segundo eles, é a prova irrefutável de que o homem nunca chegou à Lua. Vejamos...

O problema das partículas carregadas é que aquelas com alta energia e pequeno diâmetro conseguem atravessar a pele e provocar danos nas células. O organismo humano tem capacidade de se recuperar da maior parte dos estragos, mas se eles forem muito grandes, ou se acumularem devido a uma exposição prolongada, certamente evoluirão para uma forma de câncer. O segredo então está em manter a dose de radiação recebida em níveis toleráveis pelo organismo, diminuindo a energia das partículas ou o tempo de exposição.

Talvez você já soubesse disto, afinal já ouviu falar dos perigos de permanecer muito tempo sob os raios ultravioletas do Sol e já viu o seu dentista se esconder atrás de uma parede de chumbo durante uma radiografia. A pegadinha é que a radiação do cinturão de Van Allen não é da mesma natureza dos raios-X do dentista ou dos raios ultravioletas do Sol. Estas são chamadas de radiação ionizante, e são diferentes da radiação das partículas carregadas de que estamos falando. Para estar protegido da radiação de raios-x, raios gama ou kriptonita (que felizmente representa perigo apenas para o Super-Homem) é preciso uma grossa camada de chumbo ou concreto. Já no caso das partículas carregadas, uma folha de papelão ou no máximo 1 centímetro de metal ou plástico é suficiente pra uma proteção adequada. Por isso não se engane da próxima vez que alguém lhe disser que a nave Apolo precisaria de uma parede de 2 metros de chumbo para proteger os astronautas. Na verdade, ao contrário do que está escrito nos livros de física que os conspiracionistas lêem (não nos esqueçamos dos gibis: foram os raios cósmicos que transformaram quatro astronautas a caminho da Lua nos Quatro Fantásticos), quanto mais grossa a camada e mais pesado o metal, menos efetiva se torna a proteção contra partículas carregadas, já que o bombardeio das partículas contra o metal é justamente o que gera os perigosos raios-x; assim são gerados, por exemplo, os raios-x do aparelho do seu dentista.

Depois de um cuidadoso mapeamento do cinturão de Van Allen, os cientistas da NASA concluíram que, desde que os astronautas atravessassem a região muito rapidamente e o fizessem onde o cinturão é mais fino, a dose de radiação recebida dentro da espaçonave seria muito pequena para representar perigo. Sobre este assunto você pode acompanhar os cálculos (bem técnicos) sobre a dose de radiação recebida pelos astronautas no site do Caltech ou ler o artigo "Biomedical Results Of Apollo - Radiation Protection And Instrumentation", da NASA, que discorre sobre as diversas fontes de radiação no espaço e o perigo que elas representaram para a missão.

Por que nem sempre há intervalo na conversação dos astronautas com a base?
Um sinal de rádio viaja na velocidade da luz. Isto quer dizer que alguém transmitindo da Lua precisaria esperar seu sinal atravessar a imensa distância que o separa da Terra e depois esperar que o sinal da resposta fizesse o caminho de volta. Como a velocidade da luz é de 300.000 km/s e a distância média entre a Terra e a Lua de 380.000 km, o tempo mínimo entre uma pergunta e uma resposta é de 2,4 s. Ou seja: seria de se esperar que houvesse uma pausa de pouco mais de dois segundos em toda comunicação travada entre a base e os astronautas, mas não é isso o que se ouve. Outra falha grosseira da NASA em sua falsificação? Não exatamente.

Imagine que você está aqui na Terra, gravando sua conversa com alguém na Lua. Seu amigo fala na Lua e 1 segundo depois, tão logo ouve a pergunta, você dá a resposta. Perceba que neste instante não haverá na gravação da conversa nenhum intervalo entre pergunta e resposta. A partir daí haverá uma demora de 1 segundo para sua mensagem chegar a Lua e mais outro segundo para você ouvir a réplica do astronauta, deixando, agora sim, um intervalo de pouco mais de 2 segundos na fita. A figura ao lado ajuda a entender o processo.

Mas "2001 Uma Odisséia no Espaço" é tão realista...
O clássico dos clássicos "2001 Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrik, foi lançado um ano antes da chegada do homem à Lua. A cena em que o astronauta caminha na Lua é tão realista que muita gente considera esta a prova de que a NASA não teria tido dificuldade em forjar a ida do homem à Lua. Tem até gente que vê no senhor fora de foco escondido no fundo da foto abaixo, semelhança tão grande com o Stanley Kubrick (à direita) que diz que esta é a evidência de que o diretor estava furtivamente envolvido na armação. Na nossa opinião a única coisa semelhante nos dois senhores é a calvície iminente, mas para os que acham esta uma semelhança suficientemente suspeita, uma foto anterior, tirada de outro ângulo, mostra que o homem abaixado definitivamente não é o diretor de cinema. Clique nas imagens para ver as fotos originais ampliadas.


Outro filme muito comentado é "Capricórnio 1" sobre uma equipe da NASA que forja a ida do homem à Marte. O filme foi feito em 1978, quase uma década depois da chegada do homem à Lua, e as semelhanças com as filmagens feitas pela Missão Apolo são grandes, como seria de se esperar de um filme que tenta ser o mais realista possível.

Tudo bem, então porque o homem nunca voltou lá?
Nossa pergunta final é: se o homem realmente foi à Lua nas décadas de 60 e 70 então porque nunca mais retornou? Porque a viagem à Lua não é uma coisa corriqueira hoje em dia?

Não se iluda, a corrida espacial não teve esse nome à toa. Ela não foi um empreendimento científico e sim uma missão militar com o único objetivo de atestar a superioridade da nação (e do regime de governo) que primeiro levasse um homem à Lua. Vencida a corrida e de posse do troféu, os EUA se voltaram para assuntos mais práticos, especialmente a guerra do Vietnã, que já se tornava um grande atoleiro. O desinteresse do povo americano em ver astronautas indo e voltando com nada além de pedras (infelizmente nada de monolitos negros...) era tanto que nem as redes de televisão ocupavam mais seu espaço com as transmissões dos lançamentos.

Além disso, ir à Lua não é barato. Vinte e cinco bilhões de dólares foram gastos no programa Apollo, o que corresponderia a mais ou menos 100 bilhões hoje. Mesmo que a maior parte deste custo tenha servido mais para capacitar a NASA às futuras viagens espaciais do que simplesmente colocar o homem na Lua, é muito mais barato, rápido e seguro enviar sondas e robôs para terminar o serviço de exploração. Enquanto isso, o dinheiro dos contribuintes americanos pode ser melhor aplicado em saúde, combate à fome e armas, não necessariamente nesta ordem.

Conclusão

Vinte e quatro astronautas estiveram na Lua ou próximos dela. Dezenas de milhares de fotos foram tiradas. Centenas de engenheiros, cientistas, biólogos, psicólogos e pessoas de todas as áreas de formação trabalharam diretamente no programa espacial. Cientistas do mundo todo analisaram exaustivamente as rochas trazidas da Lua, artefatos impossíveis de serem falsificados dadas as condições únicas de ausência de oxigênio em que se desenvolveram; os mesmos cientistas conheciam o cinturão de Van Allen tão bem quanto os americanos e saberiam se ele fosse realmente intransponível. A nave Apolo cruzou o céu como um ponto brilhante de luz na frente de milhões de pessoas de todas as nacionalidades e foi acompanhada pelos radares de todo o mundo, inclusive dos russos, que certamente estavam prestando muita atenção ao evento.

Enquanto isso, os conspiracionistas dizem que a NASA gastou bilhões de dólares em uma encenação que, a julgar pelos argumentos, estava à altura dos piores filmes B de todos os tempos (sombras nas direções erradas, decalques da Terra na janela da cabine espacial, ventos furtivos no estúdio e alguém até esqueceu de pintar as estrelas!); um filme de Ed Wood só que com um orçamento bilionário. Dizem os conspiracionistas que toda a comunidade científica do planeta foi ludibriada; todos menos eles, uns poucos leigos sem nenhuma formação científica. Algo como se alguém tivesse vestido uma fantasia de Papai Noel e enganado todos os universitários mas não as crianças do jardim da infância.


Esta é realmente falsa. Nota-se pelas estrelas ao fundo...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O mundo sem Engenheiros
















































































































































































Engenharia é a grande luz da Academia, é faculdade onde há saber e amizade...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MAITÊ PROENÇA!

MAITÊ PROENÇA!

Há muitos muitos anos, nós, portugueses, com grandes embarcações e sem medo de nada, descobrimos o mundo.
Um dia chegamos a um país quente, onde as praias eram paradisiacas, onde as pessoas andavam nuas, com a cara pintada e grunhiam para comunicar. Era o Brasil.
Pegamos nos teus familiares e ensinamo-los a sentar à mesa, a comer com talheres, a falar (o português que ainda hoje falam), a vestirem-se e a conviver em sociedade.
Demos um nome à vossa terra, uma lingua à vossa gente e um rei para vos governar.
No inicio do teu video provas que estás em Portugal mostrando o número de uma porta colocado ao contrário. Pois bem, eu achei por bem mostrar ao povo português sinais do Brasil, assim, quando eles estiverem no teu país, não terão duvidas quanto a isso. O português é das linguas mais complicadas e mais belas do mundo e o povo brasileiro há anos que não consegue ter uma relação saudável com a lingua mãe.
Para ajudar os portugueses irei traduzir de brasileiro para português o que as imagens falam.
Aproveita e aprende. Faz-te bem à alma.
Espley é spray. Não é português de nascença, mas é de uso mundial.
Facio é fácil, dificio é dificil e efectivamente no Brasil, complicado é ser virgem ou vige, como se diz por aí.
Hurinar é urinar. Para vós, brasileiros, sempre que se usa um orgão genital tem que se pagar. Isso é sabido por todos nós.
Aroiz é arroz. Tomati é tomate. Assucra é açucar. Mandioka é mandioca. Sim, é complicado para nós tentar cozinhar o que quer que seja com esses condimentos. Eles não existem.
Felisidade é felicidade. Como no Brasil não se usa muito, nós por cá entendemos o erro.
Ceja é seja. Esprimente é experimente. Agora, sejam humildes e experimentem aprender um pouco de português.
Sebola é cebola. Sebola é melhor porque não faz chorar, apenas e só porque não existe. Melansia é melancia. Ou é um fruto que nós não conhecemos ou é mais um pontapé na lingua portuguesa. É mais um pontapé.
A Maitê na Playboy é gozo pessoal de português.
Salazar foi eleito o melhor português de sempre. A Maitê ironizou.
Salazar foi licenciado em Direito na Universidade de Coimbra. Coimbra é "só" a mais consagrada escola de Direito de Portugal.
Salazar conseguiu que Portugal fosse país neutro na Segunda Guerra Mundial. Só por isso evitou milhares de mortes. Talvez mereça o titulo de melhor português, não?
O Lula foi eleito democraticamente Presidente do Brasil.
Lula tirou o curso técnico de torneiro mecânico e manda nesse povo todo. Irónico, não?
Lula consegue ter droga, assaltos, mortes e prostituição como não há em mais país do mundo.
O teu cameraman conseguiu chamar mar ao Tejo. E o burro sou eu?



Peço desculpa por tudo a todos.

sábado, 19 de setembro de 2009

Parte 05 - Reis da América


O álbum Paranoid marca o início de uma série de acontecimentos que acabariam por definir de forma decisiva os rumos do Black Sabbath. Foi a partir daquela aparentemente despretensiosa bolacha de vinil, com um soldado paranóico pulando na capa, que a banda mor do nascente heavy metal, tal qual ele, saltou da mera condição de novidade underground dos subúrbios ingleses para o posto de hitmakers n.1 na América, prontos a desbancar muita estrela dos escalões pop de uma Billboard, por exemplo. A seguir, a consagração na estrada os levaria a experimentarem toda a sorte de excessos e loucuras-esses mesmos que você está imaginando...


Parte 5 - Reis da América

"Nunca vou me esquecer do adiantamento que recebemos pelo primeiro disco. Foram 105 pounds, e eu nunca havia ganhado tanto dinheiro em toda minha vida. Fui direto comprar uma camisa nova e a maior garrafa de Brut que encontrei. E o resto do dinheiro dei para meus pais."

Assim um bem-humorado Ozzy Osbourne descreveria a sensação que o primeiro álbum do grupo desencadeara, a um semanário inglês em 1972 - não só nele, mas em todos os outros membros da banda. Black Sabbath, o disco, era um monstro que havia criado vida própria nas paradas de sucesso inglesas e européias, e relegado dinheiro e alguma fama - não muito ilustre, a bem da verdade - àqueles quatro garotos miseráveis de Birmingham, em uma escala bem maior do que eles jamais poderiam imaginar.

"De repente, recebíamos da Vertigo um adiantamento que era mais libras em nossos bolsos do que jamais poderíamos juntar em seis meses de apresentações - seis meses das piores e mais duras turnês que fazíamos no começo!" - diz Tony - "Aquilo tudo era como um sonho, que estava se realizando ali, na nossa frente."

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Paranoid, o 2.º LP da banda.

Exatamente por isso, por causa da realização desse sonho, e para que se desse a sua perpetuação, é que a banda não podia parar - e tinha que continuar com gás total. Foi no clima de sucesso e alta polêmica que o primeiro LP estava gerando que foram marcadas e executadas as históricas sessões de gravação do disco seguinte.

Programado para se chamar War Pigs, o segundo LP do Black Sabbath se concentrava ao redor de uma enorme peça do mesmo nome, quase uma suíte metálica com diversas mudanças de andamento, formada por uma sólida marcação de ritmo marcial (lembrando as marchas militares tocadas nos quartéis), que a certa altura descambava para uma elucubração de inspiração jazzística tocada com uma garra e peso sem precedentes, enquanto Ozzy lançava seus lamentos berrados em cima de tudo. Em certo momento, todo o caos sonoro dava lugar a um feixe repleto dos solos mais hipnóticos que Tony Iommi já produziu - psicodélicos e sorumbáticos como tudo de melhor que a banda fazia naqueles dias, e que determinava o clima de pesadelo em que se desenvolvia essa música, prevista para ser, portanto, a faixa central do álbum. Vinha sendo testada já nos últimos cinco shows ao vivo do Sabbath, embora a letra ainda fosse um enigma a ser desvendado em estúdio mesmo, horas antes da gravação, pois ainda não havia sido definida e Ozzy cantava algo diferente em cima da música a cada momento - algo que, mesmo após todo o sucesso da canção, não mudaria muito em diversos shows realizados durante o período 1970-1975, dada a mente do madman estar sempre torpedeada pelas mais diversas substâncias imagináveis, tornando impossível a memorização de tudo aquilo que se eternizaria em vinil.

De qualquer forma, e com qualquer letra que fosse, "War Pigs" (Porcos de guerra) era uma crítica aos senhores da guerra, aos homens que comandam milhares em pelotões lançados à morte nas linhas de frente enquanto eles mesmos, protegidos pela hierarquia do exércitos, se mantêm resguardados nas elites militares e em seus quartéis. Em determinado ponto da música, a letra pega pesado, e não só nos oferece visões de generais se arrastando pelos campos de batalha ("On their knees war pigs crawling...") e implorando perdão enquanto são subjugados pelo demônio ("Satan, laughing, spreads his wings..."), como também critica as tropas, consideradas reles peões de xadrez na mão dos poderosos ("Treating people just like pawns in chess"... ).

Lembremo-nos de toda a situação política da época, com o conflito envolvendo Estados Unidos e Vietnã, e notaremos que um Black Sabbath bem politizado estava vindo à tona nesta canção, criticando duramente as engrenagens do poder e da guerra, e fazendo uma clara alusão a todo o sentimento coletivo e contracultural de milhares de jovens que estavam já indo às ruas, fosse no Tio Sam ou em qualquer outro lugar, com cartazes de protesto nas mãos e palavras de ordem nas bocas, clamando pela paz e pelo fim da guerra. Neste sentido, podemos dizer que, mesmo indo na contramão da História, e de todos da fauna e flora bicho-grilo que protestava de uma forma mais cândida e serena no meio de todo aquele clima de confusão do início dos anos 70, o Black Sabbath estava protestando do seu jeito, disparando sobre tudo uma visão bastante ácida e crítica dos acontecimentos da época. Tony Iommi mesmo confessaria, anos depois:

"Muitas pessoas vivem me perguntando o que significa a figura na capa do disco. O que aconteceu foi que o ábum era para ser chamado de War Pigs, então tínhamos feito esta capa com um cara munido de escudo, capacete e espada, um verdadeiro soldado partindo para o ataque com uma expressão alucinada no rosto, representando tudo que está lá, na música. No entanto, depois, o título foi proibido, e tivemos que manter a capa original. Todos sabem, todos se lembram... na época, o negócio do Vietnã era um assunto tabu, um lance meio que proibido de se falar... todo mundo queria estar presente no mercado americano, e ele ainda nem havia abrido suas portas direito para nós. Mas nós realmente QUERÍAMOS muito que o álbum tivesse sido batizado em sua concepção original, queríamos meter o dedo na ferida e fazer aquela crítica. Era o que todos queriam na época: dar sua posição sobre o que estava acontecendo, oferecer o seu ponto de vista."

É isso aí. Ainda que "War Pigs" pertencesse à famosa vertente de músicas do Black Sabbath que tocam no nome do "chifrudo" e possuem referências à influência maligna das forças das trevas sobre o nosso mundo, esse não era, nem de longe, o verdadeiro motivo para que fosse censurada pelo pessoal da gravadora.

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Bill Ward, no estúdio em 1970: preparando a batera para a gravação de mais um clássico do Black Sabbath.

A Vertigo Records, inicialmente, tentou fazer a cabeça dos rapazes para que "War Pigs" não fosse nem lançada. Entretanto, isso era demais: era consenso entre todos que aquela era uma das melhores e mais fortes composições que eles já haviam feito, e só pensar em propôr tal coisa a Ozzy iria certamente resultar no fim prematuro do Sabbath na Vertigo (que, com todo o sucesso deles, definitivamente não desejava isso). O próprio produtor da banda, Roger Bain, se rebelou, tachando tal atitude de "crime artístico". Bem, então como não dava pra tirar a música, que o seu destaque fosse ao menos minimizado. Além de retirar o seu nome da capa do LP, que ela fosse jogada para uma posição de terceira ou quarta faixa no lado B do vinil, com um outro nome, talvez - algo diferente, um pouco mais "ameno". "Nem pensar - o lugar dela é abrindo o disco, no lado A", foi o posicionamento de Jim Simpson, representando Tony e Ozzy, em uma reunião com alguns executivos da Vertigo, duas semanas antes do lançamento do álbum. E, depois de muita discussão, afinal, foi decidido que tudo bem, mas com uma ressalva: se nas primeiras três semanas de vendagem nos EUA, o álbum não fosse além de um certo número "X" de cópias previsto numa cláusula pela Vertigo, então todas as tiragens seguintes do disco seriam prensadas do modo deles, fazendo as alterações (censuras) necessárias.

Durante as gravações do LP, no entanto, ficou bem claro que o disco não seria só "War Pigs", no entanto. Muito pelo contrário: é o disco, até hoje, que concentra o mais brilhante conjunto de composições do catálogo da banda. Estão lá clássico após clássico: "Iron Man", "Fairies Wear Boots", "Planet Caravan", "Electric Funeral", "Hands of Doom"... além, é claro, de "Paranoid".

A estória por trás desta bombástica pequena obra-prima - com os seus 2:45, foge totalmente aos padrões das grandes viagens do heavy metal! - é folclórica. Iommi gosta de brincar, até hoje, que se o primeiro álbum do Black Sabbath não gastou mais de dois dias para ser gravado, o segundo demorou "bem mais": quatro dias. O que acontece é que o esquema de trabalho da banda, naqueles tempos, era o mesmo sempre que se reuniam para gravar: Tony e Geezer chegavam com alguma coisa que tinham em mente e passavam a Bill e Ozzy, para eles irem pensando em percussão e letra, respectivamente. Poucas horas (ou mesmo minutos) depois, as idéias eram discutidas, as peças iam se encaixando, e começavam longas jam sessions em que as contribuições dos quatro iam tomando forma e lugar, até que todos gostassem do que estavam ouvindo. "Paranoid" foi o resultado de uma dessas jams, justamente a última que realizaram para o disco, originada de uma parte rápida em que Tony e Geezer vinham trabalhando e na qual foi acrescentada uma levada acelerada e estonteante de Bill. Ozzy começou a improvisar em cima, com uma letra que era a reminiscência do que ele havia sentido ao romper com uma garota com quem tivera um pequeno caso ainda em Birmingham, um pouco antes da segunda turnê do Earth a Hamburgo - um fim de namoro que deixara o vocalista abalado, e o fizera tomar um porre sensacional quando da chegada a Hamburgo, deixando todos que o viam com a impressão de que estava "paranóico", e realmente transtornado. Suzy, a moça em questão, vivia reclamando que Ozzy "não se acertava" nunca, e com um comportamento animalesco daqueles, nunca chegaria a ser um pop star, deixando o vocalista profundamente magoado. "Finished with my woman / 'Cause she couldn't help me with my mind..." (Terminei com minha mulher / Pois ela não podia me ajudar com minha mente...) começava a letra, que era uma transposição, feita para o relacionamento marido / esposa, deste antigo relacionamento de Ozzy.

A tal "parte rápida" da jam, já apelidada de "Paranoid" por todos assim que Ozzy terminou de cantar, foi composta em não mais que cinco minutos apenas, e o engenheiro de som que pilotava a mesa naquela noite, Tony Allom, propôs que a tocassem novamente para que ele pudesse gravá-la de modo adequado, mas só a tal parte rápida, fazendo dela uma "canção inteira", separada do resto da jam e das improvisações. Assim deveria ser pois já tinham muito material para o álbum, e talvez aquilo pudesse ser usado só para preencher um espaço - "sabe como é, uma brincadeirinha só pra encher lingüiça em um dos lados, A ou B", disse Allom. Tony e Geezer, então, bolaram rapidamente aquela esperta introdução, fizeram sinal para a entrada da batera de Bill, e... PAU!

Saiu como saiu. Em menos de três minutos, a "brincadeirinha" estava gravada e pronta para ser, para toda a posteridade, um dos mais célebres clássicos eternos do rock pesado.

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Black Sabbath, em 1970.

"Paranoid", a música, exerceria uma influência tão grande sobre a música pop, em geral, que até bandas punk, como toda aquela geração revoltada e "básica" do final dos anos 70, reverenciaria o Black Sabbath (pelo menos o daqueles primeiros discos) como uma banda "legal", e acima de qualquer suspeita, sem qualquer estrelismo... gente como The Damned e outros chegavam mesmo a tocá-la como aquecimento, nas passagens de som de suas apresentações e em shows, tal a energia que a música passa.

No final das contas, terminado antes da metade de setembro de 1970, o disco foi ouvido pelos cabeças da Vertigo e, diante de toda a briga por causa da faixa-título, a maioria deles se apaixonou por "Paranoid", e a elegeu o carro-chefe do LP e a música a dar título para o mesmo. Num primeiro momento, Geezer, ao ser informado da decisão, levou tudo em tom de galhofa, falando para Ozzy: "O quê?!? Estão brincando? Agora, se fizermos "hip-hip-hurrah" no estúdio, eles vão querer lançar como single também???".

A verdade foi essa. Apesar de ser uma espécie de "hino oficial" do Black Sabbath, meio que a contragosto deles - como Bill que, por exemplo, considera "Black Sabbath" a música oficial da banda - "Paranoid", na época, foi considerada meio "simples" demais e até ridícula para ser lançada como faixa-título do segundo trabalho da banda. Houve até quem achasse que era uma canção "comercialóide" demais para os padrões do Black Sabbath - como Tony Iommi, fumando mais erva do que tudo e então imerso nos climas alucinógenos e sombrios de coisas como "Planet Caravan" e "Electric Funeral". "Penso que estão querendo nos fazer de banda do Top of the Pops", disse Tony, num comentário irônico, a um dos donos da Vertigo antes do lançamento do disco, numa referência ao programa da TV inglesa que lembrava o antigo Globo de Ouro da televisão brasileira, em que os astros populares consagrados dublavam os seus sucessos numa apresentação bem cafona... Mal imaginava Tony que o compacto de "Paranoid" os levaria, justamente, para a sua primeira apresentação diante do grande público inglês na TV, em novembro daquele ano, justamente no... Top of the Pops!!!

Chega outubro de 1970, e Paranoid, o segundo álbum do grupo, é lançado. E que lançamento: o disco praticamente escoa das prateleiras de todas as lojas do mundo para os toca-discos de milhares de fãs no mundo inteiro. Nos EUA, a reação não é diferente, e já sinalizando o interesse que os americanos teriam pela banda, da qual já vinham ouvindo falar através dos rumorosos buchichos da imprensa britânica, consomem Paranoid como se fosse Coke: chega a disco duplo de platina na América, pouco após atingir a mesma posição na Inglaterra, conquistando o nunca antes imaginado primeiro lugar da Billboard. Pronto, o mercado americano estava conquistado. Até o final daquele ano, o primeiro álbum da banda seria lançado também em sua versão americana, e até dezembro, receberia também a primeira posição, e o disco duplo de platina, confirmando a inevitável ascensão do Black Sabbath na terra de Tio Sam - e, por conseguinte, no mundo inteiro. De repente, não havia mais Led Zeppelin, não havia mais Blind Faith, ou Deep Purple. O lance do momento era o Black Sabbath - só se falava neles. Todo mundo comentava era sobre eles. Ozzy, Tony, Bill e Geezer foram à loucura. Aquilo era demais - eles estavam, por assim dizer, realmente no topo do mundo. Datas marcadas em todos os lugares: de Boston a Los Angeles; de Estocolmo a Paris; de Londres a Nova Iorque. Nos palcos, a banda prossegue imbatível, com performances avassaladoras. O dia 20 de dezembro está marcado no Olympia de Paris, com um contrato com a rede de TV inglesa Granada para que o show fosse filmado, focalizando a clássica apresentação da banda, enérgica e visceral, naqueles tempos áureos - o que originaria o filme Black Sabbath - Live in Paris, o primeiro documento visual do quarteto.

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Como eles, igualmente estupefatas e orgulhosas estavam as suas famílias. Afinal, aqueles quatro garotos maltrapilhos, imundos, fadados ao fracasso e à pobreza, estavam agora em uma posição de inigualável prestígio que gente como eles, da cinzenta Birmingham, nunca sonharia ter um dia.

Ozzy, cada vez mais em Londres com os outros integrantes, e portanto cada vez mais distante de sua querida família, ao saber do êxito de Paranoid nos charts americanos, sai com dois amigos, enche a cara com três doses duplas de White Horse, e liga para seus pais: "Somos reis na América agora!!!". Em seguida, liga para uma atônita secretária dos escritórios da Vertigo, em Londres mesmo: "E aí, amorzinho, que tal sair com o rei do mundo agora? Ah, aproveite e diga aos bundões aí que eles PODEM COMER AQUELE CONTRATO COM A CLÁUSULA DA PRENSAGEM...". Era a bastante peculiar vingança de Ozzy da tal cláusula que previa a reestruturação estratégica do álbum Paranoid caso fracassasse em solo americano...

A tal capa do soldado de espada ainda estava lá, no entanto. Ozzy não deixa por menos e, em uma entrevista concedida após a cerimônia de entrega do disco duplo de platina pelas vendas de Paranoid ele comenta sarcasticamente: "O que diabos um cara vestido de soldado tem a ver com estar paranóico (Paranoid), eu não sei. Acontece que a banda não teve muita interferência no processo de criação da capa do disco, apenas reprovando ou aprovando a arte final. Só que não houve tempo de mudar." A mensagem, entretanto, estava bem clara - bastava ao ouvinte abrir o invólucro de plástico do LP e pôr a bolacha preta para rodar, já ali, em sua primeira faixa. "War Pigs" se tornaria uma das preferidas do público em todos os shows seguintes da banda, e outra presença constante e obrigatória em todas as suas apresentações, fazendo com que até nos esqueçamos que o disco não se chama War Pigs. Black Sabbath, 1 X gravadora, 0.

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Êxtase em um show do Black Sabbath em Amsterdam (Holanda, 1970).

As tais zicas com seitas satânicas continuavam. Entretanto, em proporção menor. E agora, pelo menos, a atitude da banda já era outra, sem aquela inocência de antes, quando haviam sido pegos de surpresa pelo impacto da fama. Era uma atitude mais madura - para não dizer maliciosa e extremamente sacana, galhofeira. Após um dos shows de lançamento de Paranoid, em Bath, na Inglaterra, por exemplo, Ozzy se retira para as coxias e é interceptado por duas groupies de look devasso, que têm cruzes invertidas inscritas em suas têmporas. Ambas o fitam assustadoramente, com olhares vidrados. Ozzy pensa na hora: "esse maldito speed ainda mata essas meninas uma hora. Pobres coitadinhas, vítimas do ácido...". Uma das garotas lhe dirige a palavra: "Somos duas enviadas da seita de Azrath, de posse do poderoso e glorioso Lúcifer, e estamos aqui, em nome do Senhor das Trevas, para lhe reverenciar, ó astro maravilhoso!". Ozzy dá uma boa olhada para a moçoila, de cima para baixo: belos cabelos, que olhos, que peitinhos... e que ancas, essas pernas maravilhosas... Ele olha para a outra, uma loira apetitosa. O mesmo esquema. Não lhe restam dúvidas. "Pois bem, garotas. Venham comigo para a reverência, então...".

A partir dessa época, não são poucos os relatos de orgias mil na estrada: o Black Sabbath adentra o mundo libidinoso do rock setentista, a ponto de competir com o Led Zeppelin e outras sumidades nesta categoria durante os anos seguintes. Várias "bruxinhas" como aquelas de Bath - invariavelmente tietes loucas de erva ou que topavam tudo para passar algum tempo com seus ídolos - passariam a ser vistas fazendo alguns belos "trabalhos de sopro" em Ozzy antes e após os concertos da banda, nos bastidores. Isso quando o vocalista não resolvia levar duas, três, ou mais delas, para verdadeiros bacanais alucinados em quartos de hotéis. Esse acabou sendo, na esmagadora maioria das vezes, o destino que as tão conclamadas "adoradoras de Satã" que seguiam o Black Sabbath acabaram tendo, ao longo da década de 70.

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Logo, a banda estaria lotando as principais casas de show da América, como o Fillmore East, de Bill Graham.

Noutra feita, uma garota histérica ligou para o escritório da banda em Londres. Bill atendeu. Ela se dizia uma maga que gostaria de fazer parte da "doutrina sombria" do grupo. "Pois não. Tens amigas que também queiram fazer parte?", perguntou Bill. Positivo. "Venha cá então. O endereço é tal, tal... Ah, e não se esqueça de trazer as velas!". Meia hora depois, dois táxis estacionam na frente do QG montado pela Vertigo para a banda, um após o outro. Deles saltam sete beldades dispostas a tudo. Roupas todas de couro, escuras - "bruxinhas" com pinta de ninfomaníacas. São recebidas por Bill, Ozzy, Geezer, e um assistente de publicidade do grupo, que andava com eles na época. Bill encara uma das garotas e lhe pergunta: "E aí, se lembraram de trazer velas?". As luzes do local são apagadas e apenas luzes de velas iluminam o ambiente, enquanto os quatro vão bolinando as garotas, uma a uma, já quase totalmente despidas, dando início a um verdadeiro "ritual". Bill pega uma vela, uma das mais grossas, e põe na mão de uma das meninas. "Agora mostra aí pra gente... como se enfia direito uma vela no...". Ozzy e os outros ficam alucinados vendo a cena ali, à meia-luz, a garota se masturbando com aquela vela grossa, enquanto as outras boqueteiam todo mundo. Após a "introdução" do culto ali feita, Geezer pega a garota que fez a performance da vela e se retira para um dos recintos, se propondo a desempenhar o papel que fora da vela. Todos riem, dando belas gargalhadas e volumosos goles de Martini. Anos 70, sem dúvida...

A banda desembarca nos EUA e, durante a investida em solo ianque, percorrem Nova Iorque, San Francisco, Los Angeles, Long Island, Cincinatti e Boston, entre outras. Ficam impressionados, especialmente Ozzy e Bill (irmanados na beberragem e na porra-louquice), com o despojamento das groupies americanas, que já vão transando sem qualquer cerimônia. Uma dessas animadas garotas, após fazer sexo com Ozzy em pé, detrás de um amplificador enquanto a banda passava o som para o show da noite, tira da bolsa um baseado grosso como um charuto cubano e o oferece a Ozzy, alegando que é a melhor erva que ele jamais fumou em sua vida. "Uaaaaau!" - o vocalista quase enlouquece com o tamanho e a pureza daquele joint descomunal.

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Black Sabbath, ao vivo num show em San Francisco (1970): detonando!

Se por um lado, as coisas iam bem no sentido fama-mulheres, o mesmo não podia ser dito do quesito dinheiro. Bem, não exatamente no tocante à parte lucrativa, pois os membros do Black Sabbath estavam a um passo, ou menos do que isso, de se tornarem os novos milionários ingleses do rock. O problema era o empresariamento - uma pedra no sapato da banda durante toda a sua carreira.

Um pouco após o lançamento de Paranoid, Tony é aconselhado por um amigo a pedir de Jim Simpson uma prestação de contas formal de tudo o que já havia sido ganho e gasto pela banda até ali. Ao se deparar com toda a papelada, ele se surpreende ao notar que uma grande parte dos gastos ali descritos com roadies e equipamentos não condizem com a realidade, e mostra as notas a Geezer, que também fica atônito. Então, uma noite, após um concerto em Bristol, os quatro resolvem ter uma reuniãozinha com Simpson para discutir os negócios. A desculpa é a de que querem traçar planos para os próximos discos e turnês - entretanto, Tony, Ozzy, Bill e Geezer já sabem, ao adentrarem com Simpson o pequeno salão do hotel onde estão hospedados, que estão decididos a dispensar os seus serviços, conforme a desculpa que ele dê para o sumiço de uma grande soma de dinheiro dos cofres da banda. O esquema amador - e nebuloso - de agenciamento de Jim Simpson estava agora difícil de ser suportado.

O empresário tenta sair pela tangente várias vezes, e com a sua típica diplomacia ferina e conversa calma, tenta enrolar os rapazes da banda com explicações sobre os custos de se agenciar uma banda como o Black Sabbath - sobre ter que viajar daqui para ali, arcar com despesas de pessoal, manter uma assessoria de imprensa etc. Em suma: além de justificar todo a alta grana que vinha consumindo do income do Sabbath, Simpson ainda aproveita para alertar os rapazes sobre o aumento de sua fatia no bolo, que julgava ser inevitável com o crescente sucesso do grupo! Aquilo revoltou Ozzy, que no final das contas, já não estava mais com a cabeça para tanto papo furado e começou a agredir Simpson verbalmente, iniciando uma pequena confusão. Pelo menos Bill e Geezer ainda mantiveram a cabeça no lugar, e seguraram o cantor, impedindo que ele avançasse em Simpson. Este, irritado, berra com eles: "Vocês nunca vão arranjar alguém como eu!", ao que Tony responde: "Encerrado, Jim. Fim de conversa: você está fora." Até o final de novembro, eles chegariam a um acordo financeiro sobre a saída de Jim Simpson de cena, com a ajuda de advogados. O empresário, no entanto, ainda acabaria levando a banda à corte no ano seguinte, alegando ter sido prejudicado nas negociações. Era só o começo das longas dores de cabeça que o Black Sabbath ainda teria por causa não do heavy metal, mas do vil metal.

São contratados, então, para cuidar dos negócios da banda, Patrick Meehan e Wilf Pine, dois profissionais que já haviam trabalhado com diversas bandas pop e rock inglesas, e que eram conhecidos do pessoal do Savoy Brown, uma banda de blues pesado de quem Ozzy e cia. haviam ficado amigos desde uma digressão conjunta, ainda no início de 1970, em Edmonton. O audacioso Meehan seria um dos responsáveis por tornar conhecido, no mundo do rock, o esquema "Black Sabbath" de se trabalhar: turnês incessantes e intermináveis, o direcionamento total de interesse nos álbuns, relegando singles a um plano inferior (assim como o Le zeppelin fazia), e a promoção baseada na imagem satânica da banda, mas não de um modo explícito, escancarado - mas sim, simplesmente sugerido, o que se pode notar a partir dos trabalhos gráficos do logo da banda e da capa de Sabbath Bloody Sabbath, de 1973.

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Cartaz do show do grupo em San Francisco - tocando ao lado de feras como Love e James Gang.

Uma das primeiras atitudes de Meehan ao assumir o cargo é providenciar alguns promos para o Black Sabbath, os chamados "vídeos promocionais", que seriam os avós dos videoclips como hoje os conhecemos - pequenos filmes com imagens da banda tocando alguns de seus sucessos, para serem veiculados pelos grandes canais de TV de todo o mundo. Uma idéia arrojada para a época, bancada apenas pelos astros de música que tinham mais dinheiro, mas já bastante eficiente para um artista se fazer presente em terras bem além de suas fronteiras, onde dificilmente teria chances de ser chamado para tocar. Como sustentava Meehan, a divulgação da imagem de um grupo é algo importante - o que ficaria claro com a gravação do show em Paris no mês seguinte, ainda que em esquema amador, com câmeras Super-8. Logo após a apresentação do Sabbath tocando "Paranoid" no Top of the Pops do canal da BBC, que teve uma excelente audiência no Reino Unido, Meehan escolheu duas canções do álbum para produzir os clipes: a própria "Paranoid" e a fantástica "Iron Man" - uma canção inspirada em contos de ficção científica que, com seu riff cortante, falava sobre a incrível saga de um homem que prevê o apocalipse e, após ser desprezado por todos à sua volta, domina o mundo e se revela o próprio causador da destruição. Poucos sabem, mas a idéia original de Tony ao compor "Iron Man" era a de se produzir, em cima da canção, uma verdadeira ópera rock, aos moldes de Tommy, do The Who, ou a suíte Atom Heart Mother, do Pink Floyd. A idéia, no entanto, diante do gritante desinteresse de Ozzy, bem como da gravadora, não vingou.

No final de novembro, então, são exibidos em rede nacional, na Inglaterra, Alemanha e nos Estados Unidos, os vídeos promocionais de "Paranoid" e "Iron Man", em diversos programas de variedades e musicais. Ao assistirem ao resultado, os integrantes da banda se surpreendem: exibidos até os dias atuais na MTV e conhecidos como "os clipes psicodélicos do Black Sabbath", os vídeos haviam sido gravados com a então novíssima tecnologia do vídeo-tape, e mostram a banda tocando sobre um fundo repleto de imagens lisérgicas em movimento, como banhos de cores e uma modelo de feições andróginas, bem ao estilão da época. Ozzy veste roupas de couro, enquanto Bill esmurra um kit-miniatura de bateria que causa risos e espanto nos que hoje assistem a estas "jóias". Apesar da reação inicial de estranhamento ao acabamento dos clipes, que nada têm a ver com o que as letras das músicas falam (bem, "Penny Lane" e "Strawberry Fields Forever", dos Beatles, também não tinham!), Ozzy dá o seu aval e comenta com Geezer: "Legal. Imagina só a bela trip que os pirralhos por aí podem ter assistindo a isso após umas belas tragadas...".

Em dezembro, se dá o histórico show em Paris eternizado no filme Black Sabbath - Live in Paris (até hoje, distribuído como um pirata), em que um alucinado Ozzy celebriza, para o mundo inteiro, o headbangin' como expressão corporal típica do rock pauleira e eles tocam, em uma sequência tonitruante e perfeita, todos os seus clássicos, levando o público francês ao êxtase absoluto, e após isso, passam todo o início do ano seguinte, 1971, dando mais uma rodada pelos EUA, numa tour fenomenal e de bilhetes esgotados, apenas posteriormente voltando à Inglaterra para iniciar os trabalhos do próximo álbum. Como se percebe, a máquina não pode parar - e com Patrick Meehan no comando, ela girará ainda mais depressa, levando os rapazes da banda ao quase esgotamento físico-emocional.

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Bill Ward live.

Abril de 1971: de volta aos estúdios da Regent Sounds em Londres, os quatro integrantes da banda começam a ensaiar as canções para o que seria o próximo álbum, que dura ainda mais tempo que os outros para ser produzido: aproximadamente uma semana! Apesar de ainda estarem sob a produção de Roger Bain, chama a atenção o fato de Tony e seus asseclas estarem bastante conscientes acerca de todos os processos de gravação e já haverem acumulado algum bom conhecimento sobre o que está sendo feito, sabendo absolutamente o que querem, e a ordem estava dada: aquele era para ser o mais pesado álbum da banda já gravado até então! Tal direcionamento se devia não somente à overdose de shows e êxtase em público pelos quais o grupo estava passando, fazendo com que quisessem retratar fielmente em vinil todo o peso e loucura do som deles, como também se devia ao ritmo intenso e inesgotável da vida deles, assim restando aos rapazes optarem por um som, no disco, extremamente simples e despojado, direto. Sem dúvida, é essa a sensação que temos ainda ao ouvir o 3º disco do Black Sabbath, até hoje.

Algumas novas composições são notáveis - sobretudo uma nascida de uma idéia bastante crítica de Geezer e Ozzy, de como a "tia marijuana" andava tomando conta das mentes de todos por ali... "Sweet Leaf" nascera de um riffzinho bacana que Geezer havia urdido em seu baixo, e que Tony logo tratou de refazer em sua guitarra. E como um dia Ozzy, baratinado com o alto consumo de maconha entre todos, vira Bill Ward adentrar os estúdios da Regent Sounds com uma nuvem rodopiando ao redor de sua cabeça - resultado da erva que Bill ou que o próprio Ozzy estavam fumando! -, ele resolveu escrever algo a respeito, mas em tom bastante irônico, como se fosse uma love song que, só no último momento, o ouvinte desavisado consegue relacionar à tal folhinha.

O interessante é que, durante as gravações, enquanto o grupo ainda estava tocando versões experimentais da música para treinar, o tape foi deixado rodando, e por acidente, foi gravada uma brutal tosse de Tony Iommi próxima ao microfone de Ozzy - resultado não do consumo da própria "erva doce", como muitos fãs insistem em relatar atualmente, mas, simplesmente, de uma forte gripe que o guitarrista estava enfrentando, naqueles frios dias do início de 1971 em Londres. Depois do término das sessões daquele dia, ouvindo o resultado do que havia sido gravado, o engenheiro de som Brian Humphries chamou a atenção de Ozzy para a tosse de Tony no meio da jam e achou a sonoridade legal, sugerindo separá-la, colocá-la mais alto e como se fosse uma espécie de efeito para "Sweet Leaf". "Tem tudo a ver com a música", dizia Ozzy, rindo. No dia seguinte, quando Ozzy e Tony chegaram ao estúdio, eles se depararam com o resultado: um rápido loop de dois segundos da tal tosse que o engenheiro de som havia produzido, e que poderia ser usado no início ou no fim da gravação. Tony gostou da idéia, e após algumas gargalhadas, optaram por colocar o "coff coff" como uma introdução da canção, preparando o espírito do ouvinte para o que viria depois.

Outras canções interessantes figurarão no novo LP. "Children of the Grave" é outra importante declaração política da banda, sobre o destino das crianças do mundo após uma hipotética guerra nuclear (fruto, obviamente, do fantasma da Guerra Fria, que ainda rondava o mundo). "After Forever", composição de Tony, é uma crítica direta a todos que relacionam a banda diretamente ao satanismo, tentando mostrar que o Black Sabbath não se resume a isso (ainda que seja o que Patrick Meehan queira...). A letra, de teor bastante religioso, faz inclusive uma ácida observação acerca de todos aqueles falsos cristãos que se escondem atrás da hipocrisia ("Is Christ just a name that you read in a book when you were at school?" / Cristo é apenas um nome que você viu em um livro quando você estava na escola?; ou "They should realize before they criticise that God is the only way to love" / Eles deviam imaginar antes de criticar que Deus é o único caminho para o amor). A faixa, inclusive, irá despertar bastante polêmica novamente na relação do Black Sabbath com grupos religiosos, como ainda veremos adiante.

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Ticket do show do Black Sabbath no lendário Royal Albert Hall (Londres, 1971).

Outro excelente momento do álbum será a faixa "Into the Void", que deu um trabalho imenso para ser gravada, tendo consumido um dia inteiro de trabalho dos seis dias que o Black Sabbath gastou para gravar o disco. Tudo por causa de Bill, que primeiro não conseguia de modo algum acertar o tempo da canção, e depois, se atrapalhou todo nas viradas antes do solo de Tony. O baterista, traumatizado a partir de então, dificilmente se arriscaria a tocar esta canção ao vivo e, surpreendentemente, abriu uma exceção recentemente, em 1999, quando do retorno do Black Sabbath, tocando-a novamente nos shows da turnê Reunion, em Birmingham, e não decepcionando...

Na verdade, grande parte da dificuldade de Bill em estúdio, nesta época, acontecia devido ao problema do baterista de se envolver demais com os seus vícios. Desligadão na maior parte do tempo e tendo dificuldades para se concentrar em certas sessões, Bill começou a ser encorajado pelos outros membros da banda a parar um pouco com a loucura e se sintonizar mais... pelo menos até a próxima noitada com Ozzy! O próprio vocalista, inebriado com o clima de loucura constante e excessos pelo qual a banda atravessava naqueles dias psicodélicos, deu a "Solitude", uma balada em tom depressivo composta por Geezer, uma performance totalmente incomum aos seus típicos vocais insanos e desesperados, límpida e bastante sensível, emoldurando o clima triste e desolador da música, o que levou centenas de fãs do grupo a pensarem, ao longo de vários anos, que na verdade tratava-se da interpretação de outro integrante da banda, de tão diferente que a voz de Ozzy estava. Gravada em uma noite totalmente zen - após meia dúzia de joints mágicos, tragados até o fim! -, terminou por estabelecer uma "ponte direta" entre a trip de seu intérprete e a de seus ouvintes, se tornando uma das músicas do Sabbath mais ouvidas por fãs "doidões" de erva ao longo dos anos 70.

Enquanto isso, o LP Paranoid já estava atingindo a marca dos 4 milhões de cópias vendidas só nos EUA! Além da súbita unanimidade, o Sabbath ainda se depararia com outra surpresa: o coração de seu fanfarrão vocalista, quem diria, havia sido flechado...

No próximo capítulo: em meio a toda a confusão, Ozzy ainda arruma tempo para o seu primeiro casamento, o grupo acaba assumindo os EUA como o seu segundo lar (onde será gravado o Vol. 4), e acontecimentos escabrosos ainda rondam um tenso e fadigado Black Sabbath... Confira!!!


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