segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Here is Your First Chance to Listen to One of Kiss's New Songs


Modern Day Delilah, the opening track to Kiss’s new album, Sonic Boom, is now available for your listening pleasure.

Check out a stream of the full song at KissOnline.com.

Sonic Boom is due for release on October 6.

sábado, 22 de agosto de 2009

Como Jogar Poker

Poker é um jogo clássico de cartas, jogado mundialmente em diversas variações. Normalmente o objetivo do jogador é formar a melhor mão de poker com cinco cartas.

Um Jogo de Apostas

Mas poker também é um jogo de apostas. Para conseguir as cartas que precisa, você tem que pagar um preço. O preço é decidido conforme as apostas que você e outros ao redor da mesa depositam. As apostas são o pote, que no fim é ganho pelo jogador com a melhor mão.

Um Jogo de Pessoas

Portanto, um de nossos desafios principais vai ser entender porquê os outros jogadores apostam como apostam, ou porquê eles não apostam. Por vezes, o poker é considerado mais um jogo de pessoas que um jogo de cartas.

Decidindo a mão vencedora

Apesar de centenas de variações de poker serem jogadas ao redor do mundo, a maioria concorda numa coisa comum: O ranking da mão de poker são cinco cartas.
O seguinte ranking desta mão de poker, é quase universal, e é o pedaço de sabedoria fundamental que você absolutamente tem que dominar quando você inicia sua carreira no poker.

Ranking da mão

Esta lista é usada para determinar qual das duas mãos de poker é a mais alta:


Straight Flush Seqüência de cor (Straight Flush)
A melhor mão de poker possível é a seqüência de cor. São cinco cartas em seqüência e do mesmo naipe. É muito raro.
Se dois jogadores seguram uma seqüência de cor, quem tiver a carta mais alta ganha. Se a carta mais alta for igual, as cartas são iguais. Os naipes diferentes não têm valores diferentes nas mãos de poker, portanto uma seqüência de cor de copas não ganha a uma seqüência de cor de paus.
Uma sequencia de cor com um As alto se chama seqüência real (royal flush).


Four of a kind Quadra (Four of a Kind)
A segunda mão de poker mais alta é a quadra, é uma mão com quatro cartas do mesmo valor. Se dois jogadores têm uma quadra, ganhará quem tiver as quatro cartas mais altas. Por exemplo, quatro dez ganham a quatro oitos. Se dois jogadores têm uma quadra com as mesmas quatro cartas, ganhará quem tiver a quinta carta maior. Esta carta se chama a carta lateral. Se as cartas laterais também são do mesmo valor, haverá um empate e as apostas serão divididas.


Full house Full house
O full house é uma mão com uma trinca e um par.
Se dois jogadores têm um full house, ganhará quem tiver a trinca mais alta. Se a trinca for igual, ganhará quem tiver o par mais alto. Se os pares também forem iguais, há um empate e as apostas são divididas.






Flush Flush
Se todas as cinco cartas forem do mesmo naipe, a mão é um flush.
Se dois jogadores têm um flush, ganhará quem tiver a carta mais alta. Se estas forem iguais, ganhará quem tiver a segunda carta mais alta, e assim em adiante. Se todas as cartas forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas. No Poker não há ordem entre os naipes.




Straight Seqüência (Straight)
Para uma mão ser uma seqüência, as cinco cartas têm que estar em seqüência numérica. Se dois jogadores têm uma seqüência, ganhará quem tiver a carta mais alta.
Se ambas as seqüências tiverem a mesma carta mais alta, haverá um empate e as apostas são divididas.






Three of a kind Trinca (Three of a kind)
Se três cartas têm o mesmo valor, você tem uma trinca – se as duas restantes cartas não são um par.
Se dois jogadores têm uma trinca, ganhará quem tiver as melhores três cartas. Se as três cartas forem iguais, a mão com a melhor carta lateral ganha, ou se as melhores cartas laterais também forem iguais, quem tiver a segunda melhor carta lateral ganha. Se ambas as cartas laterais também forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas.



Two pair Dois Pares (Two pair)
Dois pares é exatamente o que soa, duas cartas de um valor e mais duas cartas de outro valor.
Se dois jogadores têm dois pares, ganhará quem tiver o melhor par, ou se estes forem iguais, o jogador com o segundo melhor par ganhará. Se os melhor e pior pares são iguais, a mão com a melhor carta lateral ganhará. Se estas também são iguais, as mãos empatam e o pote é dividido.



Pair Par (Pair)
Se duas cartas na mão são do mesmo valor, e nenhuma das mãos acima podem ser feitas, a mão é um par. Se dois jogadores têm um par, ganhará quem tiver o melhor par. Se estes forem do mesmo valor, a mão com a melhor carta lateral ganhará, ou se estas também são iguais, quem tiver a segunda melhor carta lateral ganhará, e assim adiante. Se ambos os pares e todas as cartas laterais são iguais, as mãos empatam e o pote é dividido.



The hand with the highest card A mão com a maior carta
Se nenhuma mão tem qualquer das combinações mencionadas acima, a mão com a melhor carta individual ganhará. Uma mão com um As é melhor que uma mão com um Rei alto. Uma mão com um Rei é melhor que uma mão com um dez alto, e assim adiante. Se todas as cinco cartas forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas.
Poker Alto e Baixo

Em algumas variações de poker, a mão mais baixa ganha o pote (poker baixo), ou parte do pote (poker dividido). Jogando poker baixo, utilize a lista acima para decidir qual das duas mãos é melhor. Então a outra mão é a vencedora.
Por exemplo, de duas mãos 8-5-4-3-2 e 7-6-5-4-2, a mão com o 8 é melhor de acordo com esta lista, por isso a outra mão é a melhor mão baixa.


by http://www.pokerloco.com/pt-br/howtoplaypoker/introduction.htm

Noção Básica da guitarra



A guitarra basicamente é dividida em 4 elementos: corpo, braço, cabeça e parte elétrica, vamos ver alguns acessórios:

Braço da guitarra

O braço é composto por trastes ( filetes de ferro que fazem a “divisões do braço”, chamadas de casas e escalas, sendo que não existe um padrão de casas ).
A madeira do braço da guitarra influencia muito no timbre e pode ser dos seguintes tipos: maple (cor de madeira clara, gerando som mais brilhante) e rose wood ( cor de madeira escura, gerando som mais fechado ) ; estas são as mais usadas, mas também existem ébano e jacarandá.
A forma que o braço é fixado no corpo também varia. Uma delas é o braço colado (Set-Neck in Glue), sistema antigo, em que o corpo do instrumento tem um encaixe (joint) onde o braço é colado. O maior mérito desse tipo de construção é que tem boa transmissão sonora, proporcionando ótima sustentação.
Outra forma é o braço parafusado (Bolt-On), nessa forma o braço é encaixado e fixado ao corpo com parafusos; nessa forma há prejuízo da transmissão sonora, o timbre torna-se mais estalado e agudo, sem muita sustentação.
A terceira é o braço integral ( Neck-Thru Body ), em que o braço, de peça única ou dividido em várias tiras ou longarinas, vai do headstock até a parte central do corpo. Essa construção proporciona mais sustentação, o timbre é encorporado e consistente.
A 4ª maneira é a Ciber-Joint, criada pela marca japonesa ESP, trata-se de um parafuso mais profundo, em que o braço segue até o meio do corpo. Esse tipo de construção melhora a sustentação e encorpora o timbre.


Tarrachas

As tarrachas servem para ajustar as cordas da guitarra, apertando-as ou soltando-as. Cada corda tem uma tarracha correspondente, não influencia no som, mas sua qualidade e precisão para segurar as cordas devem ser boas.

Captadores

Com eles, começa a parte elétrica da guitarra. Os captadores captam as vibrações das cordas enviando esse sinal em forma de eletricidade para o amplificador.

Os principais tipos de captadores são:

Captador de bobina simples/ Single Coil/ Single : caracterizado por um som brilhante e cortante, atuando principalmente nos sons médios e agudos. Seus pontos fracos são o excesso de zumbido, principalmente a saturação, e a falta de sons graves.

Captador de bobina dupla/ doublé Coil/ humbucking : tem a aparência de dois captadores simples lado a lado, mas, internamente tem montagem diferente. Caracterizado por sons pesados e cheios e baixo nível de ruídos, atuando em sons médios e graves.

Com estes 2 tipos de cartadores podemos ter combinações:
3 captadores simples
2 captadores duplos
1 captador duplo e 2 simples
2 captadores duplos e 1 simples.


Knobs ou potenciômetros

Knobs são dispositivos que controlam volume e tone, através de botões giratórios.

Strap Look

Este artefato é a roldana usada para colocar a correia para apoiar a guitarra, posicionando-se em 2 locais diferentes.

Jack de saída ou output

Onde encaixamos o cabo que leva o som da guitarra até o amplificador.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Como não era acusado de pedofilia não tive ninguém do PS a receber-me"


Antigo presidente da Câmara de Cascais pelo PS, José Luís Judas acusa o ex-secretário-geral Ferro Rodrigues de total falta de solidariedade



Judas diz estar pessimista em relação ao futuro do país















Judas é hoje um homem amargurado. Com jornalistas, empresários e políticos, a começar pela direcção do PS de Ferro Rodrigues. Acusado, nunca chegou a ir a ju lgamento, com o processo a ser arquivado por falta de provas. Funcionário do grupo Opway, que resultou da fusão das construtoras OPCA e Sopol, o i apanhou-o de férias no estrangeiro.

O seu processo em tribunal durou cerca de sete anos. Como viveu esses tempos?

Foi um processo baseado num documento incompetente e mal--intencionado, criticando um negócio aprovado por unanimidade pela câmara. A partir daí foi a via--sacra normal de quando alguém apresenta queixa contra um cidadão que é uma figura pública. Há uma apetência cínica para julgar e dar cabo da vida dele. A partir daí o meu mandato foi um conjunto de ilegalidades feitas só por mim e pelo Américo Santo como cúmplice e foi assim que andei sete ou oito anos nesta história.

Sentiu-se perseguido?

É o normal em Portugal. Antes fazia-se uma denúncia anónima a um pol ícia da PIDE, agora é a um agente da Polícia Judiciária, como foi no caso Freeport, e a partir daí tem um processo em que não controla nada. Está nas mãos deles. Andei os anos todos que me obrigaram até se esquecerem de mim. Agora está arrumado.

Foi complicado para a sua família? Como reagiram?

É o mesmo com toda a gente. Basta que os jornais digam que você é suspeito de corrupção para ser corrupto. É assim que se queimam as pessoas. Alguém me vai pagar indemnizações?

António Capucho procedeu bem durante todo o caso?

Utilizou-o para me denegrir. O processo era sobre o Plano Especial de Realojamento e até recebeu prémios internacionais que ele teve a lata de ir receber. Foi uma vingança do PSD, porque denunciei algumas vigarices, nomeadamente a urbanização da Guia. E talvez também porque ele tivesse algum receio de que me voltasse a candidatar.

Teve algum contacto posterior com Américo Santo?

Não tive antes nem depois. Como ficou provado em tribunal, os meus encontros com ele eram raríssimos. Penso que tem um processo contra a câmara.

O que está a fazer agora?

Sou funcionário da Opway. Entrei para a empresa em 1968. Sou funcionário há 41 anos.

Qual é a sua relação com o PS?

Nunca recebi nenhuma solidariedade do PS. Nem precisava dela. Uma vez encontrei por razões profissionais José Sócrates. Ele viu-me, dirigiu-se a mim e cumprimentou-me à frente de toda a gente, mas não tive mais nenhum contacto do PS nem eles quiserem ter contacto comigo. Como não era acusado de pedofilia não tive ninguém a receber-me à porta.

Esse afastamento partiu mais de si ou do PS?

Partiu dos dois lados. Na altura o secretário-geral era o Ferro Rodrigues. Enviei-lhe várias vezes um documento para ser recebido e ele não quis. Aí percebi que não estavam interessados na minha presença. Mas tirando esse gesto simpático, não houve mais nada.

Tem alguma mágoa?

Não. Quem anda na política desde 1962 sabe que estas coisas são normais.

Pela forma como fala percebe-se que sente que devia ter sido apoiado de maneira diferente pelo partido...

Não tive nenhum apoio. Ninguém se solidarizou. Nos últimos anos que estive na câmara a oposição nem era feita pelo PSD, mas pelo PS.

Como evoluiu a sua relação com o PCP desde que abandonou o partido?

Saí, e pronto. Nunca fiz críticas nem andei a dizer mal das pessoas que lá estão. O PCP continua a ter os males que me levaram a sair, mas não tenho nada a ver com isso. Os militantes tratarão disso.

Como vê estes casos em que vários autarcas têm sido constituídos arguidos?

Os políticos são cidadãos como os outros com os mesmos deveres e direitos. Como são eleitos pelo povo têm exigências e obrigações maiores, mas, pela mesma razão, não pode ser qualquer jornal ou qualquer polícia da PJ a pôr um indivíduo fora do mandato. Quem optou por ficar no cargo, se calhar fez bem, até porque se provou, em muitos casos, que tinha razão.

O que acha da posição de Marques Mendes de que políticos constituídos arguidos não se deveriam poder candidatar?

Todos fazem essas declarações quando não é com eles. Um dos grandes defensores da minha demissão foi o Bloco de Esquerda, mas quando tocou a uma presidente de câmara do BE, disseram que ela não se devia demitir. É tudo uma hipocrisia. Houve uma altura em que os únicos suspeitos de corrupção no país eram os autarcas. Vamos ver o que vai acontecer com esses casos importantes: a Operação Furacão e os casos BPP ou BPN. Veremos se alguém vai ser condenado.

Acha que não vão ter um fim conclusivo?

Em todos os países há uma justiça da classe dominante. São eles que fazem as leis e nada vai pôr em causa as grandes figuras do sistema, que são os banqueiros e os industriais. Não são os políticos. Os políticos fazem--lhes o frete ou então enfrentam-nos. Mas eles é que são os grandes senhores do sistema.

Como vê estes quatro anos de governação socialista?

Acho que há duas etapas: antes e depois da crise internacional. Acerca da primeira, ninguém pode dizer que Sócrates não se esforçou ou tentou fazer o que era melhor. Conseguiu resultados, reduzindo o défice orçamental e equilibrando as contas, com voluntarismo e até alguma arrogância. Quando chegou a crise, o que devia ter feito era pedir a demissão, dizendo ao Presidente da República: "Este é outro jogo no qual o meu plano original já não se enquadra. Vamos a isto outra vez que eu candidato-me."

José Sócrates devia então ter- -se demitido?

Com certeza. Havia uma nova realidade. Agora a Europa está a borrifar-se para o défice orçamental. Ele não quis e deixou espaço para os adversários o atacarem. Por isso é que se chega a esta situação de previsível ingovernabilidade.

Vai seguir-se um bloco central?

Não. Para isso acontecer tinha de haver rupturas nos dois principais partidos. Sócrates tinha de sair do PS e ser substituído por António Costa, mas não sei se estaria disposto a isso. Talvez, devido à sua inflexibilidade, Manuela Ferreira Leite também tivesse de sair. Mas a tendência geral é que o Presidente assuma mais funções, diminuindo as responsabilidades do Parlamento. Há a tentação de uma V República Francesa. Eduardo Catroga já falou nisso.

Está pessimista em relação ao país?

Sim. Não havendo uma maioria absoluta, o governo vai entrar em gestão. E com a classe dominante que temos, do ponto de vista empresarial, a desgraça vai continuar.

Acha que temos uma classe empresarial fraca?

Simplesmente não existe. São analfabetos do ponto de vista da literacia e do ponto de vista empresarial. Há três ou quatro que se distinguem. Grupos como a Jerónimo Martins ou a Sonae são excepções à regra. O resto são empresas que, muitas delas, vivem das ajudas do Estado como é o caso da EDP e da PT, que foram privatizadas e agora são dominadas por estrangeiros e vão investir no estrangeiro, em vez de investir em Portugal. E depois anda o Basílio Horta a tentar que os estrangeiros invistam 1500 milhões de euros cá. Aí o PCP tem razão, há privatizações que não deviam ter sido feitas. Não sou pelas privatizações a todo o custo e até alguém que, como eu teve um pensamento comunista, sabe que o Estado historicamente deveria desaparecer, mas enquanto isso não acontece o Estado tem de ajudar o desenvolvimento.

Está bastante pessimista?

Acredito que o mundo vive de rupturas e estes senhores, não querendo, estão a contribuir para ela. Mas não acredito que haja alguma inovação no plano político. É possível imaginar vivermos os próximos anos com 500 ou 600 mil desempregados a receber subsídios? Alguém pensa em medidas estruturais? Está tudo à espera que as ajudas da Europa façam voltar tudo ao mesmo. Acabou a Índia, acabou o Brasil, acabou África, depois apareceu a UE, mas ficou provado que os vícios da nossa classe dominante são históricos. Só se aparecer uma Europa II. E depois os Nogueiras Leites e os Bessas que nos trouxeram até aqui continuam a dominar a comunicação social. Foram ministros, gestores e, em vez de responsabilizados, são procurados para falar do futuro do país.

Nunca lhe passou pela cabeça voltar à política?

Não. Muito menos à política autárquica.

Mas deixa a porta aberta a outros cargos políticos?

Não. Sabe que o que me fizeram é irreversível. Tenho lucidez suficiente para perceber isso. As pessoas passam por mim e dizem que pensavam que eu era uma pessoa séria e afinal "é um vigarista como os outros". Os jornalistas não têm noção do que fazem quando escrevem acusações não provadas e o que causam na vida das pessoas.

É um homem amargurado?

Tenho amargura, mas não me sinto um grande injustiçado da sociedade portuguesa, comparado com alguém como Álvaro Cunhal ou José Magro que passaram 20 e tal anos presos só porque não concordavam com o regime. Isto com a cumplicidade dos juízes. Tenho a certeza de que nenhum juiz fez mais pelos valores de igualdade e liberdade do que eu.


Tags
: josé luís judas, câmara de cascais, ps, ferro rodrigues

por Nuno Aguiar, Publicado em 17 de Agosto de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Rock and Roll Hall of Fame List



















a

AC/DC
Paul Ackerman
Aerosmith
The Allman Brothers Band
The Animals
Louis Armstrong
Chet Atkins

b

LaVern Baker
Hank Ballard
The Band
Frank Barsalona
Dave Bartholomew
Ralph Bass
The Beach Boys
The Beatles
The Bee Gees
Benny Benjamin
Chuck Berry
Black Sabbath
Chris Blackwell
Hal Blaine
Bobby “Blue” Bland
Blondie
Bob Wills and His Texas Playboys
Booker T. and the M.G.’s
David Bowie
Charles Brown
James Brown
Ruth Brown
Jackson Browne
Buffalo Springfield
Solomon Burke
James Burton
The Byrds

c

Johnny Cash
Ray Charles
Leonard Chess
Charlie Christian
Eric Clapton
Dick Clark
The Clash
The Coasters
Eddie Cochran
Leonard Cohen
Nat “King” Cole
Sam Cooke
Elvis Costello & the Attractions
Floyd Cramer
Cream
Creedence Clearwater Revival
Crosby Stills and Nash
King Curtis

d

Bobby Darin
The Dave Clark Five
Clive Davis
Miles Davis
The Dells
Bo Diddley
Dion
Willie Dixon
Fats Domino
Tom Donahue
The Doors
Steve Douglas
The Drifters
Bob Dylan

e

The Eagles
Earth, Wind & Fire
Duane Eddy
Nesuhi Ertegun
Ahmet Ertegun
The Everly Brothers

f

Leo Fender
The Flamingos
Fleetwood Mac
The Four Seasons
The Four Tops
Frankie Lymon and the Teenagers
Aretha Franklin
Alan Freed

g

Milt Gabler
Marvin Gaye
Gerry Goffin and Carole King
Berry Gordy, Jr.
Bill Graham
Grandmaster Flash and the Furious Five
The Grateful Dead
Al Green
Woody Guthrie
Buddy Guy

h

Bill Haley
John Hammond
George Harrison
Isaac Hayes
Herb Alpert & Jerry Moss
Billie Holiday
Holland, Dozier and Holland
Buddy Holly
John Lee Hooker

i

The Impressions
The Ink Spots
The Isley Brothers

j

Mahalia Jackson
Michael Jackson
The Jackson Five
James Jamerson
Etta James
Elmore James
Jefferson Airplane
Jerry Leiber and Mike Stoller
The Jimi Hendrix Experience
Billy Joel
Little Willie John
Elton John
Johnnie Johnson
Robert Johnson
Janis Joplin
Louis Jordan

k

Kenny Gamble and Leon Huff
B. B. King
The Kinks
Gladys Knight and the Pips

l

Lead Belly
Led Zeppelin
Brenda Lee
John Lennon
Jerry Lee Lewis
Little Richard
Little Walter
Lovin’ Spoonful
Lynyrd Skynyrd

m

Madonna
The Mamas and the Papas
Bob Marley
Martha and the Vandellas
George Martin
Curtis Mayfield
Paul McCartney
Clyde McPhatter
John Mellencamp
Joni Mitchell
Bill Monroe
The Moonglows
Scotty Moore
Van Morrison
Jelly Roll Morton

n

Syd Nathan
Ricky Nelson

o

The O’Jays
Roy Orbison
The Orioles
Mo Ostin
Johnny Otis

p

Earl Palmer
Parliament-Funkadelic
Les Paul
Carl Perkins
Tom Petty and the Heartbreakers
Sam Phillips
Wilson Pickett
Pink Floyd
Gene Pitney
The Platters
The Police
Doc Pomus
Elvis Presley">Elvis Presley
The Pretenders
Lloyd Price
Prince
Professor Longhair

q

Queen

r

Ma Rainey
Bonnie Raitt
Ramones
Otis Redding
Jimmy Reed
R.E.M.
Righteous Brothers
Smokey Robinson
Jimmie Rodgers
The Rolling Stones
The Ronettes

s

Sam and Dave
Santana
Pete Seeger
Bob Seger
Sex Pistols
Del Shannon
The Shirelles
Paul Simon
Simon and Garfunkel
Percy Sledge
Sly and the Family Stone
Bessie Smith
Patti Smith
The Soul Stirrers
Phil Spector
Dusty Springfield
Bruce Springsteen
The Staple Singers
Steely Dan
Seymour Stein
Rod Stewart
Jim Stewart
The Supremes

t

Talking Heads
James Taylor
The Temptations
Allen Toussaint
Traffic
Big Joe Turner
Ike and Tina Turner

u

U2

v

Ritchie Valens
Van Halen
The Velvet Underground
The Ventures
Gene Vincent

w

T-Bone Walker
Dinah Washington
Muddy Waters
Jann S. Wenner
Jerry Wexler
The Who
Hank Williams
Jackie Wilson
Howlin’ Wolf
Stevie Wonder

y

Jimmy Yancey
The Yardbirds
Neil Young
The (Young) Rascals

z

ZZ Top
Frank Zappa

Metal Progressivo: os dez melhores álbuns do estilo

O site About.com fez uma lista com os 10 melhores álbuns de metal progressivo, que seguem abaixo em ordem alfabética por banda.



BETWEEN THE BURIED AND ME - 'Colors'

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Uma obra-prima dos tempos modernos, “Colors” lançado em 2007 é uma faixa com um pouco mais que uma hora de duração dividida em oito partes. Enquanto o BETWEEN THE BURIED AND ME mostrava sinais de que poderia ser o futuro do metal progressivo com o álbum “Alaska”, lançado em 2005, “Colors” foi a afirmação. O fato de os membros da banda terem apenas um pouco mais que 20 anos quando o álbum foi gravado é espantoso. O “Colors” vai de uma vibração de fim de tarde estilo BEATLES para um metal de ataque devastador, lado a lado com um country e uma viagem para o espaço ao longo do caminho.



DREAM THEATER - 'Awake'


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Muitos pensaram que o DREAM THEATER não poderia superar seu segundo álbum “Images & Words” lançado em 1992, porém a banda surpreendeu o mundo do metal progressivo com o álbum “Awake” lançado em 1994. Até o momento o álbum mais obscuro da banda, “Awake” é o som de um grupo de músicos paranóicos, depressivos e desiludidos. As tensões internas dentro da banda foram traduzidas em “Awake” com músicas oprimidas como “Space Dye Vest,” “The Mirror,” e “Innocence Faded” apresentando um lado diferente do DREAM THEATER.



EDGE OF SANITY - 'Crimson'

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Dan Swanö é um músico genial, e o álbum “Crimson” lançado em 1996 é uma demonstração de seu brilho. Uma faixa épica de 40 minutos, “Crimson” não é para os fracos de coração. Falando sobre o futuro e infertilidade, “Crimson” é um álbum que foi feito para ser digerido de uma única vez, com a letra da música em mãos. Tentar dividir esta faixa única seria uma grande injustiça, uma vez que a música fala mais alto do que qualquer palavra jamais conseguiria.



FATES WARNING - 'No Exit'

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Primeiro álbum da banda com o vocalista Ray Alder, o “No Exist” é conhecido por conter a épica “The Ivory Gate of Dreams” com um pouco mais que 20 minutos de duração. As outras faixas deste lançamento de 1988 também não são ruins, mas esta foi a mais próxima do majestoso, a qual fez os fãs de metal progressivo babarem. Os vocais de Alder eram melhores do que os de John Arch, e isso não é uma tarefa fácil. “No Exist” seria o álbum que abriria a banda para um público maior.



OCEAN MACHINE - 'Biomech'

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Devin Townsend é um artista excêntrico que mantêm os ouvintes aos seus pés. O OCEAN MACHINE é um dos milhões de projetos paralelos com o qual Townsend está envolvido, lançando em 1998 o álbum “Biomech”, este que fez Townsend abraçar sua calma, seu lado melódico, que ficava escondido com o STRAPPING YOUNG LAD. Os fãs da sua banda principal ficaram surpresos em ouvir os maravilhosos vocais limpos de Townsend e sua habilidade para composições cativantes. Infelizmente o álbum nunca atingiu as principais comunidades do metal.



OPETH - 'Blackwater Park'

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Escolher o melhor álbum do OPETH pode ser uma tarefa difícil, uma vez que a maior parte de sua discografia é constituída de materiais com qualidade ao extremo. Porém o “Blackwater Park’ lançado em 2001 é considerado sua maior grande obra. O vocalista Mikael Åkerfeldt finalmente aperfeiçoou sua voz limpa e a produção, feita pelo líder do PORCUPINE TREE, Steve Wilson, é tonificante e poderosa. As faixa “The Drapery Falls” e a acústica assombrosa “Harvest” são os destaques desta obra-prima.



PAIN OF SALVATION - 'Entropia'

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O primeiro álbum lançado pelo quinteto sueco em 1997 é fenomenal. Após um pouco mais de uma década de trabalho desde que formaram a banda, o PAIN OF SALVATION juntou uma incrível história envolvendo uma família em conflitos em uma sociedade fictícia. Os vocais elevados de Daniel Gildenlöw fizeram muitas pessoas prestarem atenção e assim a banda ganhou muitas oportunidades com o “Entropia”, mantendo o ouvinte comprometido com uma combinação de tranqüilizante, melodias acústicas, escalas e riffs funkeados.



QUEENSRYCHE - 'Operation Mindcrime'

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Indiscutivelmente o melhor álbum do QUEENSRYCHE, um álbum conceitual lançado em 1988 que detalha a história de um viciado em drogas e como ele se tornou um assassino. Enquanto os primeiros álbuns da banda eram camadas sólidas de metal progressivo, o “Operation: Mindcrime” foi o primeiro álbum onde tudo funcionou como um estalo. A voz de Geoff Tate nunca soou tão bem, e o trabalho com a guitarra de Chris DeGarmo é subestimado.



SYMPHONY X - 'The Divine Wings Of Tragedy'

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O SYMPHONY X sempre foi uma banda que se manteve no underground, constantemente lançando álbum após álbum, enquanto mantinha uma base de fãs leais. Lançado em 1997, o álbum “Divine Wings Of Tragedy” foi o primeiro sinal de que o SYMPHONY X podia competir com os grandalhões do metal progressivo, com a faixa título atingindo por volta de 20 minutos de duração. Sempre considerei o Russell Allen um dos vocalistas mais subestimados de todos os tempos, e o Michael Romeo é um deus da guitarra no círculo progressivo.



TIAMAT - 'Wildhoney'

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Antes do OPETH sucessivamente misturar death metal com vocais acústicos e limpos, já existia o TIAMAT e seu álbum “Wildhoney” lançado em 1994. Enquanto a banda viria a evoluir para um som gothic metal, em certo ponto, o TIAMAT foi colocado para surpreender o mundo do metal progressivo. Um álbum que entrou em uma atmosfera com um foco principal, “Wildhoney” pode ser melhor descrito como uma jornada através do desespero e melancolia, com letras brilhantes como guias desta jornada.


http://whiplash.net/materias/melhores/093916-betweentheburiedandme.html

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Morreu o pai da guitarra eléctrica

Les Paul talvez seja um nome que diz pouco mesmo aos melómanos, mas pouca gente teve tanta influência no universo musical como este norte-americano falecido esta quarta-feira num hospital do Estado de Nova Iorque, aos 94 anos e rodeado de familiares e amigos.

Lester William Polfuss era professor de música e guitarrista, mas passou à história por ter sido o criador da guitarra eléctrica de corpo sólido e da gravação multicanal (permite gravar vários instrumentos na mesma música, algo indispensável nos dias de hoje), momentos que revolucionaram a indústria musical, sobretudo o pop/rock.

Les Paul

"Ele recebeu o melhor tratamento possível nesta última batalha e mostrou uma força, tenacidade e coragem surpreendente", pode ler-se no comunicado à imprensa da Gibson Guitars. "O mundo perdeu hoje um ser humano excepcional e verdadeiramente inovador. Ninguém no mundo conseguiu igualar suas técnicas" escreve o executivo-chefe da mesma empresa.

Em 1952, Les Paul recebeu a maior das homenagens quando a Gibson baptizou um modelo de guitarra com o seu nome. Pete Townsend dos The Who, Al DiMoela e Jimmy Page (Lez Zeppelin) estão entre aqueles que têm na Les Paul o instrumento favorito.

Um modelo da Gibson Les Paul

In http://musicaonline.sapo.pt/news/3353/Morreu_o_pai_da_guitarra_electrica

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A História da Guitarra – Parte 2: a guitarra e o baixo elétricos

No artigo anterior, mostramos a “pré-história” da guitarra desde o século XV até o início do século XX. Vimos que tal evolução foi motivada por vários fatores, mas um dos principais foi a busca por um maior volume de som. Entretanto, mesmo com todas as evoluções e aperfeiçoamentos implementados, a guitarra acústica havia na década de 30 atingido o ápice no que diz respeito ao volume de som produzido, sem amplificação através de algum dispositivo eletrônico. Esse momento propício, durante as décadas de 30 e 40, alavancou diversas iniciativas nesse segmento, o que culminou em uma situação peculiar: a guitarra elétrica não teve um, mas alguns “inventores”.


Uma das principais iniciativas nesse sentido foi a do suíço Adolph Rickenbacker, então radicado nos EUA. Rickenbacker fundou em 1925 uma empresa, denominada “Rickenbacker Manufacturing Company”. Ao contrário do que possa parecer, Rickenbacker não fabricava instrumentos musicais, mas sim partes de metal para as guitarras tipo “resonator” da National (estas guitarras traziam uma interessante idéia acústica de ampliar o volume de som, mas acabaram por se tornar praticamente um novo instrumento).

Adolph Rickenbacker e sua criação: a Frying Pan
Adolph Rickenbacker e sua criação: a Frying Pan

A National, na figura do guitarrista e inventor George Beauchamp, também tentava usar a eletricidade para fazer seus instrumentos “falarem” mais alto. Logo no início dos anos 30, Beauchamp e Paul Barth, sobrinho de um dos donos da National, fizeram uma guitarra experimental elétrica, com corpo circular e braço feitos de madeira e com um grande captador eletromagnético. Esta guitarra ficaria conhecida como “Frying Pan” devido à sua aparência, e seria considerada pela maioria a primeira guitarra elétrica construída.

O princípio de funcionamento dos captadores eletromagnéticos é bastante simples, e ainda é utilizado até hoje. Uma bobina é imersa em um campo magnético e conectada a um amplificador. As cordas (obrigatoriamente de material magnetizável – aço) são colocadas para vibrar dentro do campo magnético gerado por esse imã. Essa vibração resulta em uma alteração deste campo magnético, a qual causa uma variação de tensão nos terminais da bobina, que é amplificada e acaba sendo transformada no som que ouvimos.

O captador da “Frying Pan” era feito de dois grandes ímãs envolvendo as cordas, com uma bobina abaixo deles. Apesar de não ser a guitarra dos sonhos de qualquer guitarrista, Rickenbacker, Beauchamp e Barth fundaram em 1932 a Ro-Pat-In, com o objetivo de produzi-la em série. A Ro-Pat-In mudou seu nome nos anos 30 para Electro String Instrument e em 1934 começaram a produzir guitarras sob a marca Rickenbacker Electro.

Nesta época, a Rickenbacker lançou a linha Electro Spanish, que nada mais era que uma tradicional guitarra acústica de jazz com um captador similar ao da Frying Pan. Apesar das vendas da Electro Spanish não terem sido animadoras, várias empresas haviam percebido que esse era um caminho sem volta. Por isso, em 1936 a Gibson lançou a guitarra “Electric Spanish”, modelo ES-150, que seguia a mesma idéia de Rickenbacker: uma guitarra acústica de jazz com um captador montado próximo ao braço. Não é de surpreender que a Gibson já possuísse know-how para um lançamento deste tipo: muitos acreditam firmemente que o famoso engenheiro Lloyd Loar, principal responsável por grande parte das criações da Gibson, havia realizado diversos experimentos (e com sucesso) relativos à eletrificação de instrumentos, enquanto trabalhou na Gibson, de 1919 a 1924.

Apesar da novidade da captação elétrica, todas essas guitarras tinham uma característica comum, que era a de serem apenas a eletrificação de modelos existentes. Ainda não se ouvia falar em guitarras sólidas, com corpo feitos de madeira maciça.

Em tal momento surgiu em cena Lester William Polfus, também conhecido como Les Paul. Em 1928, então com 12 anos, Les Paul entretinha com sua guitarra os clientes de uma pequena lanchonete. Em suas apresentações, seu público sempre reclamava que não conseguia ouvi-lo. Na tentativa de amplificar seu instrumento, Les Paul instalou um captador de gravador e conectou-o ao rádio dos seus pais, usando o mesmo como amplificador. Apesar dessa solução não ser ideal para grandes ambientes, fez Les Paul pensar na viabilidade de construir uma guitarra sólida, preservando o som original das suas primas acústicas.

Após anos de pesquisas e tentativas, Les Paul construiu um protótipo que foi chamado de “The Log” (a tora). Ele levou sua criação para apresentá-la à Gibson, onde riram da sua idéia. Les Paul havia aparafusado um braço de guitarra acústica em um pedaço retangular de madeira com 2 captadores e prendido nele as laterais de uma guitarra acústica apenas para que o resultado ficasse parecido com uma guitarra (mal imaginavam os executivos da Gibson que futuramente lançariam guitarras famosas – ES 335, ES 355, etc. – com o mesmo tipo de construção).

O protótipo da Les Paul: The Log
O protótipo da Les Paul: The Log

A iniciativa de Les Paul não foi a única. Em 1935, Rickenbacker havia lançado um modelo maciço, porém de baquelite, além do modelo “Vibrola”, com um inovador (mas primitivo) sistema de vibrato através de motores (essa guitarra era tão pesada que possuía um suporte para que o músico pudesse tocá-la, pois era impossível pendurá-la).

Outros experimentos apareceram, e entre os mais importantes destaca-se a guitarra Bigsby-Travis, de 1948. De todas as iniciativas até então, acredito que era a que mais se aproximava das guitarras que conhecemos hoje. No entanto, sua produção foi restrita a poucas unidades, e portanto não considera-se a Bigsby-Travis um modelo comercial.

No mesmo ano de 1948, George Fullerton uniu-se e Leo Fender para construir uma guitarra que fosse maciça e pudesse ser produzida em massa. Criaram a “Broadcaster”, que existe praticamente inalterada até hoje com o nome de “Telecaster”. A Broadcaster seria lançada em 1950, e tornar-se-ia a primeira guitarra maciça comercializada em massa, mudando a história para sempre.

A guitarra Fender Telecaster
A guitarra Fender Telecaster

Com o sucesso da Fender, a Gibson percebeu que havia dispensado uma grande idéia ao rir da invenção de Les Paul. O próprio Les Paul conta que os executivos da Gibson foram procurá-lo em 1951, e mostraram-se interessados em comercializar uma guitarra desenhada por ele. Incrivelmente, a Gibson não queria colocar seu nome na mesma por temer um fracasso, ao que Les Paul prontamente sugeriu que chamassem a guitarra de Les Paul. E assim foi feito: em 1952 foi lançada a Gibson Les Paul. O sucesso da Les Paul foi tanto que a mesma manteve-se inalterada até 1961, quando foi totalmente reestilizada (no entanto, em 1968 sua versão original foi relançada, atendendo a pedidos).

A guitarra Gibson Les Paul
A guitarra Gibson Les Paul

Todo esse sucesso das guitarras trouxe na carona um lançamento que traria profundas mudanças na música: o baixo elétrico. Em 1951, Fender inovava com o lançamento do baixo Precision. Até então, tocava-se baixo acústico, instrumento pouco portátil e sem trastes. O Precision logo conquistou músicos de country, e até alguns de jazz, como Monk Montgomery, da banda de Lionel Hampton. O Precision possuía o mesmo tipo de construção da Broadcaster: braço em Maple aparafusado ao corpo, um captador, e estética bastante similar à Broadcaster. Possuía também uma escala de 34 polegadas (padrão até hoje e menor que a de um baixo acústico) com trastes.

O baixo Fender Precision
O baixo Fender Precision

Mas o melhor ainda estaria por vir. Apesar do sucesso da Telecaster e da Les Paul, ainda não havia aparecido aquela que se tornaria a vedete das guitarras. Em 1954, Leo Fender mais uma vez mudaria a história lançando uma nova guitarra, a Stratocaster.

A Stratocaster traria várias importantes inovações. Seu corpo possuía um novo desenho, de construção similar ao da Telecaster. Eletricamente, traria uma de suas grandes inovações, através da adoção de 3 captadores de bobina simples (a Telecaster possuía 2) e com uma chave de 5 posições que permitia diversas associações dos mesmos, permitindo portanto uma grande variedade de sons. Seus captadores eram unidades de baixa impedância, com um som mais brilhante e limpo, próximo dos instrumentos acústicos. Todo o circuito elétrico, incluindo os captadores, era montado em uma placa acrílica removível. Isto permitia que o circuito fosse todo montado fora da guitarra e posteriormente instalado na mesma em apenas uma operação, fato típico de uma produção em larga escala. Também foi incorporada uma alavanca de trêmolo, inexistente na Telecaster.

A guitarra Fender Stratocaster
A guitarra Fender Stratocaster

O corpo da Stratocaster era esculpido visando o conforto, com rebaixo para apoio do braço e para a barriga do músico. A Stratocaster logo conquistou os músicos e hoje é até desnecessário listar todos que foram ou são apreciadores dela. Nomes como Eric Clapton, Jeff Beck, David Gilmour, Ritchie Blackmore, Jimi Hendrix, apenas para citar alguns (na verdade, faltaria espaço para listar todos os músicos que são adeptos da “Strato”). A guitarra é produzida com muito sucesso até os dias atuais, e conserva suas características principais praticamente inalteradas. Com esse lançamento, a Fender passava a ser líder isolada no mercado de guitarras maciças e baixos elétricos.

Em 1956, na tentativa de conquistar o mercado dominado pelo baixo Fender Precision, a Gibson lançou seu primeiro baixo elétrico, o modelo EB1. Seu desenho lembrava um violino com corpo de baixo (como o baixo Hofner que Paul McCartney faria famoso na próxima década). Apesar da investida da Gibson, o Fender Precision reinou sozinho até 1957, quando ganhou o desenho que conhecemos hoje e quando Rickenbacker lançou seu primeiro baixo, o modelo 4000, similar ao 4001 usado por inúmeros astros, como Chris Squire (Yes) e Geddy Lee (Rush). Os modelos Rickenbacker possuíam uma construção sólida e um braço inteiriço em oposição ao braço aparafusado dos Precision.

Mesmo com toda a concorrência, a Fender reinou absoluta nos anos 50 e 60 no cenário dos baixos. Os baixos Gibson não eram bem aceitos pelos músicos, apesar de usados por alguns artistas importantes como Jack Bruce (Cream).

Em 1960, apareceria talvez a última grande criação no segmento de baixos e guitarras: o baixo Fender Jazz Bass. Com um desenho arrojado, o Jazz Bass seria a alternativa para os músicos que queriam mais versatilidade de som. O Jazz Bass oferecia 2 captadores single coil e um braço mais estreito que o do Precision. Logo ficou sendo o preferido para jazz e alguns estilos de rock/fusion, enquanto o Precision ficaria famoso no ambiente de pop/rock. O Jazz Bass ajudaria a popularizar o baixo fretless (sem trastes), com seu som mais parecido com um baixo acústico. Para este quesito em particular, o baixista virtuoso Jaco Pastorius teve grande importância, ao arrancar com um alicate os trastes de seu Jazz Bass, transformando-o em um fretless de uma hora para outra (a Fender inclusive lançou uma série especial do Jazz Bass, modelo Jaco Pastorius, onde os baixos saem da fábrica com as marcas de pancadas, arranhões e falhas na pintura exatamente nos locais em que estavam presentes no baixo original de Jaco).

Hoje, quase 50 anos após o que pode ser considerado o último evento realmente expressivo na evolução da guitarra, o cenário já se encontra muito mais diversificado. No mundo inteiro milhares de empresas fazem réplicas de modelos famosos, como Les Paul, Stratocaster, Telecaster, Precision, Jazz Bass, etc., além de novos modelos que surgem constantemente.

A tecnologia permitiu a criação de instrumentos com características modernas de construção. Hoje são testados novos materiais, além da madeira, como resinas de grafite, fibras de carbono, fibras de vidro e muitos outros (os modelos mais caros da Stratocaster, por exemplo, possuem reforços internos ao braço em grafite).

A parte eletrônica também evoluiu muito. Os captadores magnéticos ainda reinam, porém já existem instrumentos utilizando circuitos ativos, captadores piezoelétricos (que funcionam através da alteração de pressão em um cristal), captadores óticos (que “vêem” a vibração da corda e a amplificam) e tantas outras idéias. Hoje, no momento de rápida evolução em que vivemos, “o céu é o limite”, mas acredito firmemente que a guitarra elétrica em sua concepção básica já conquistou definitivamente um lugar no coração e no ouvido de todos nós, e por isso veio para ficar.



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terça-feira, 11 de agosto de 2009

A História da Guitarra – Parte 1: do Alaúde ao Violão

A guitarra é, sem dúvida alguma, o instrumento que melhor simboliza tudo aquilo que o rock pretende mostrar. Não existe pessoa aficionada por música, principalmente rock, que não conheça guitarras ou guitarristas. Poderíamos inclusive nos arriscar a dizer que a guitarra é conhecida por todos, mesmo aqueles que não estão especialmente "sintonizados" com música. De onde surgiu então este instrumento de concepção tão simples e detalhes tão complexos, capaz de fazer a alegria de milhares de pessoas?


Guitarra barroca feita pelo luthier Giovanni Tesler, 1618
Guitarra barroca feita pelo luthier Giovanni Tesler, 1618

A guitarra teve sua origem nos violões, mas uma longa jornada foi trilhada para que hoje a mesma tivesse as características a que estamos acostumados. A origem principal do violão é a guitarra barroca, sendo que os exemplares mais antigos datam do final do século XVI.

Eram instrumentos pequenos, com braços e corpos bem menores que os dos violões atuais, e parte traseira arredondada, feita pela junção de diversas ripas de madeira, como no casco de um barco. Até o século XVIII, porém, muito pouco aconteceu na evolução da guitarra barroca. Foi nessa época que se começou a usar, de forma mais generalizada, 6 cordas, mesma quantidade que temos hoje.

Guitarra barroca atribuída ao luthier René Voboam, século 17. Notar o fabuloso trabalho de entalhe com madrepérola e o contorno do corpo trabalhado em Marfim e Ébano.
Guitarra barroca atribuída ao luthier René Voboam, século 17. Notar o fabuloso trabalho de entalhe com madrepérola e o contorno do corpo trabalhado em Marfim e Ébano.

Foi também nessa época que apareceram inúmeras tentativas de mudanças, com o objetivo de alcançar um design que fosse portátil, prático de tocar e que garantisse um volume sonoro suficiente para apresentações, visto que não existiam ainda métodos eletrônicos de amplificar o som do instrumento. Com isso, apareceram instrumentos bastante interessantes, normalmente mistos entre harpas e o que seria o violão que conhecemos hoje.
Modelo de guitarra-harpa, em forma de lira, feito pelo luthier François Breton, cerca de 1800. Notar a utilização de 6 cordas e a escala parecida com o violão tradicional.
Modelo de guitarra-harpa, em forma de lira, feito pelo luthier François Breton, cerca de 1800. Notar a utilização de 6 cordas e a escala parecida com o violão tradicional.

No entanto, nenhum dos modelos inventados (e foram muitos...) virou um padrão aceito. Eram modelos pouco práticos de tocar e normalmente possuíam uma construção mais frágil e intrincada do que os violões da época.

No final do século XVIII, o violão (ou guitarra romântica, como é chamado o violão dessa época), já possuía uma caixa de ressonância maior, em forma de “8”, fundo plano, e quase sempre com 6 cordas. No século XIX, começaram a surgir violões com uma aparência similar a dos atuais. A caixa passou a ter a parte inferior mais larga, tomando a forma que conhecemos hoje. No entanto, havia ainda diversos estilos de construção, não existindo naquele momento uma arquitetura (sem contar afinação, quantidade de cordas, materiais empregados, etc.) que pudesse ser considerada "universal". Mas, foi no final do século XIX que o violão atualmente utilizado foi concebido, e inclusive podemos dizer que após isso poucas mudanças aconteceram até os dias atuais.

Foto do conhecido violonista Napoleon Coste, com alguns de seus instrumentos, todos do século 19. Reparar que o formato de corpo dos instrumentos já possuía formas bastante “atuais”.
Foto do conhecido violonista Napoleon Coste, com alguns de seus instrumentos, todos do século 19. Reparar que o formato de corpo dos instrumentos já possuía formas bastante “atuais”.

Na Espanha, Antônio de Torres estabeleceu o que seria o padrão de construção do violão clássico feito atualmente, com as cordas de nylon. As alterações de Torres foram realmente profundas: o contorno do corpo tomou a forma atual e o comprimento da escala foi redefinido para 650mm, dando mais tensão às cordas. Com essa nova tensão, foi redefinida a estrutura do tampo e sua sustentação, criando o sistema de "bracing" utilizado até hoje por luthiers e grandes fabricantes. Torres construiu 320 violões (dos quais 66 ainda existem hoje) até 1892, quando faleceu. A contribuição de Torres dada aos violões "clássicos" (equipados com cordas de nylon), ratificou a Espanha como um pólo tradicionalíssimo na construção desse tipo de instrumento (sem falar na guitarra flamenca que, a princípio usada apenas para esse gênero, possui atualmente construção bastante parecida com a clássica, chegando inclusive a serem confundidas em alguns casos).

Apesar das transformações ocorridas com o instrumento na Espanha, no final do século XIX ainda vivia-se sem usufruir da velocidade da informação de um mundo globalizado, e portanto paralelamente ao trabalho de Torres outros esforços eram empreendidos com o intuito de aperfeiçoar o violão.[ * retorna x>

Esta foto mostra um violão feito por Torres, o pai do violão clássico moderno. Datado de 1860, possui linhas bastante atuais. Reparar no detalhe da mão, onde as tarraxas ainda eram de madeira, com afinação garantida por atrito (usava-se pó de giz para aumentar o atrito entre as peças e garantir a afinação).
Esta foto mostra um violão feito por Torres, o pai do violão clássico moderno. Datado de 1860, possui linhas bastante atuais. Reparar no detalhe da mão, onde as tarraxas ainda eram de madeira, com afinação garantida por atrito (usava-se pó de giz para aumentar o atrito entre as peças e garantir a afinação).

A principal contribuição neste sentido foi dada por um luthier alemão que, como tantos outros, resolveu cruzar o Atlântico em busca de oportunidades no novo mundo. Christian Friederich Martin não imaginava que sua iniciativa criaria uma marca que ajudaria a escrever a história da música do século XX e definiria um novo padrão na construção de violões de cordas de aço.

Martin foi para os EUA no ano em que foi registrada uma das maiores chuvas de meteoritos de toda a história. Não sabemos se durante a sua longa viagem ele teve a possibilidade de observá-los do convés do navio e fazer algum pedido, mas o fato é que suas criações obtiveram grande sucesso e definiriam o que viria a ser considerado o violão americano, ou como é mais conhecido de todos, o violão de cordas de aço.

Martin estava acostumado a construir instrumentos baseados na tradicional escola européia, altamente decorados e empregando materiais raros como marfim e madrepérola. Logo percebeu que se quisesse ter sucesso na nova empreitada teria que adaptar seu estilo. Afinal, seu mercado potencial era formado basicamente por pessoas modestas, que trabalhavam duro e sem tempo para "pompas e circunstâncias". Usando sua experiência e buscando soluções inovadoras, Martin simplificou os instrumentos, sem contudo abrir mão da qualidade e cuidado na construção dos mesmos. Na prática isso pode ser verificado através da adoção de uma mão simples (onde ficam as tarraxas), de linhas retas e sem adornos, assim como um cavalete também de linhas retas. Também aumentou o tamanho da caixa de ressonância, e aplicou uma de suas maiores invenções: a estrutura do tampo em forma de X, conhecida como "X-bracing". Esta estrutura consiste basicamente em reforçar o tampo internamente com 2 ripas formando um X, garantindo rigidez e durabilidade, mas permitindo liberdade de vibração ao conjunto. No século seguinte, esta estrutura caiu como uma luva no emprego de cordas de aço, suportando a tensão extra das mesmas em relação às de nylon e ainda assim garantindo uma sonoridade forte e precisa. Essa arquitetura de construção virou então o padrão utilizado nesse tipo de instrumento, e é usada até hoje por praticamente todos os fabricantes. Nascia assim o violão de cordas de aço, também chamado de violão folk.

X-bracing: a estrutura interna do tampo de um violão Martin, usada por inúmeros fabricantes até os dias de hoje. Mão: esta foto mostra a mão de um violão Martin modelo 2-27, de 1870. Repare que a mesma era simples, sem adornos e com linhas retas.
X-bracing: a estrutura interna do tampo de um violão Martin, usada por inúmeros fabricantes até os dias de hoje. Mão: esta foto mostra a mão de um violão Martin modelo 2-27, de 1870. Repare que a mesma era simples, sem adornos e com linhas retas.
Washburn modelo 355, de 1899. Totalmente inspirado nos modelos da Martin, porém com boa qualidade de materiais e acabamento.
Washburn modelo 355, de 1899. Totalmente inspirado nos modelos da Martin, porém com boa qualidade de materiais e acabamento.

Deve-se ressaltar que Martin não era, de forma alguma, o único nessa época a produzir violões neste estilo. É claro que vários fabricantes prontamente se dispuseram a copiar o desenho de Martin, o que contribuiu mais ainda para que o padrão fosse aceito. Entre estes, podemos destacar a "Lyon and Healy". Fundada por Patrick Joseph Healy e George Washburn Lyon em 1864, produzia instrumentos em grande quantidade e de muito boa qualidade, e sua linha de instrumentos, a Washburn, ainda existe até hoje apesar de uma história cheia de altos e baixos ao longo de todos esses anos.[ * retorna x>
Gibson L1, modelo de 1912, mostra um corpo de tamanho pequeno em relação aos modelos posteriores.
Gibson L1, modelo de 1912, mostra um corpo de tamanho pequeno em relação aos modelos posteriores.

Já no início do século XX, os violões de cordas de aço e nylon haviam atingido uma maturidade plena em técnicas de construção e padronização. Pode-se inclusive arriscar dizer que muito pouco aconteceu no sentido evolutivo desses instrumentos até hoje. Ocorreram, sim, adaptações às novas realidades: madeiras raras foram substituídas por outras, a fabricação de cordas alcançou mais precisão e a oferta de modelos aumentou. No entanto, ainda existiam muitas idéias para se colocar em prática.

E assim, foi em 1902 que Orville Gibson, um habilidoso luthier, criou uma empresa com o objetivo de construir bandolins e violões. No entanto, Gibson não queria construir instrumentos como os que os outros faziam: queria aplicar seus conceitos de construção de violinos e violoncelos aos bandolins e violões. Apareceram assim instrumentos com tampo e fundos curvos esculpidos, e a tradicional boca redonda foi substituída por aberturas em formas de "f". A ponte (ou cavalete), antes colada no tampo, passou a ser móvel, como nos violinos, atuando como um transmissor das vibrações das cordas para o tampo e caixa de ressonância. As madeiras empregadas passaram a ser similares às usadas nos violinos. Nascia, além da Gibson que todos conhecem hoje, a guitarra de jazz.

Com as modificações realizadas por Gibson e com o aumento do tamanho da caixa de ressonância, realizada nos anos 30, a guitarra conseguiu um substancial aumento de volume sonoro. Os modelos lançados pela Gibson, particularmente L5 e Super 400, viraram campeões de popularidade entre os grupos de jazz.

Gibson L7, modelo de 1937, já mostra uma caixa de ressonância grande (17 polegadas na parte inferior mais larga), com objetivo de garantir um volume de som condizente com as necessidades da época, já que então a guitarra elétrica ainda não podia ser considerada uma realidade.
Gibson L7, modelo de 1937, já mostra uma caixa de ressonância grande (17 polegadas na parte inferior mais larga), com objetivo de garantir um volume de som condizente com as necessidades da época, já que então a guitarra elétrica ainda não podia ser considerada uma realidade.

Nessa época, outras empresas disputavam o espaço com a Gibson no segmento de guitarras de jazz. As principais eram a Stromberg e a Epiphone, criada pelo filho de um imigrante grego, Epaminondas Stathopoulo. Inicialmente denominada "House of Stathopoulo", teve seu nome mudado para "Epiphone Banjo Corporation", em 1928 (“Epiphone” é a combinação de “Epi”, apelido de Epaminondas, com “phone”, som em grego). Com a morte de Epaminondas em 1940, e com a Segunda Guerra Mundial, a Epiphone enfrentou diversas crises até ser vendida para a Gibson, em 1957.

No entanto, apesar de todas estas inovações, a proliferação das “Big Bands” nos anos 30 colocou a guitarra em uma posição delicada. Por mais bem construída que fosse, seu volume sonoro não conseguia rivalizar com o dos metais e bateria. A idéia de aumentar o volume a partir de agora seria recorrer à eletricidade.

Estava preparado o cenário para o nascimento da guitarra elétrica...


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