terça-feira, 14 de julho de 2009

Música vs Religião

Enquanto bandas como The Killers e The Jonas Brothers são abertamente religiosas, há muitas outras que desprezam tudo o que a religião representa. O site Gigwise relembrou uma série de bandas e estrelas da música que denegriram ou ridicularizaram a religião em entrevistas, músicas ou álbuns. Alguns são ateístas, outros expressam alguma reprovação e, no outro extremo, há os grupos anti-religiosos que veementemente atacam a igreja, Deus e Jesus Cristo. É lamentável, incompreensível e completamente repugnável.


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Em 1998, Cradle of Filth foram a Roma para uma apresentação e decidiram fazer uma visita ao Vaticano. Sem qualquer tipo de escrúpulo, usaram camisolas que intitulavam "Eu amo Satanás". Em alguns instantes, foram cercados por polícias armados que se sentiram insultados. O vocalista Dani Filth mostrou o seu BI do Festival para provar a sua identidade mas aparentemente colocou mais lenha na fogueira, já que as credenciais apresentavam a figura de uma mulher a sangrar, pregada na cruz. Eles foram detidos e interrogados durante uma hora, não sofrendo qualquer consequência com a triste e lamentável cena que realizaram. Caros amigos, o limite do aceitável foi ultrapassado. Usam e abusam de atitudes como esta para permanecerem cum círculo mediático que aparentemente é lucrativo. É triste amigos, mas é verdade.

Continuando...



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Gary Numan já criticou e mostrou-se oposto à religião em seus álbums "Sacrifice", "Exile", "Pure" e "Jagged". Ao falar sobre as gravações, em 1994, de "Sacrifice", ele disse: "A primeira música que escrevi foi sobre os perigos da fé cega. Quando refleti sobre minha própria falta de fé, me surgiu a idéia de que Deus e o Diabo podem ser a mesma coisa." Ele acrescenta: "Pessoalmente, eu não acredito nem um pouco em Deus, mas se eu estiver errado e existir mesmo um Deus, que tipo de deus seria esse, que nos dá esse mundo em que vivemos? Certamente não pode ser uma divindade boa. Na melhor das hipóteses, Deus deve ser cruel e egoísta."
Aceitável, pois expressa simplesmente aquilo que para ele é a religião.




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Quando Madonna lançou o videoclip "Like A Prayer", em 1989, causou um escândalo imediato. Mostra crucifixos em fogo, Madonna com os estigmas de Cristo e o mais controverso, a cantora a ter relações sexuais com uma estátua viva de Santo Martinho de Porres, que muitos afirmam ser um Jesus negro. O Vaticano e outros grupos cristãos mostraram-se chocados e ofendidos com a idéia, mas isso só aumentou o interesse pelo videoclip e garantiu seu lugar na história do pop.

Um exemplo de como é facil usar a religião e obter dela resultados vergonhosos.




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Em uma entrevista para o The Observer, em 2006, Elton John mostrou-se a favor de que a religião fosse "banida". Sobre o tratamento dado pela igreja à homossexualidade desabafou: "Do meu ponto de vista, eu baniria a religião completamente. A religião organizada parece não funcionar. Transforma as pessoas em lemmings cheios de ódio e não é misericordiosa." Também disse que líderes religiosos não estão a fazer o suficiente para parar a guerra, e disse ainda que: "O mundo está a caminhar para a terceira guerra mundial, e aonde estão os líderes de cada religião? Porque não estão em reunidos? Porque não estão se unindo?" Bem, é triste olhar para a foto em cima e ver um cruxificio. Não passando de um mero objecto de ornamentação.




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Outro que não se preocupa muito com a controvérsia é Marilyn Manson (Brian Warner), em seu segundo álbum, "Antichrist Superstar", de 1996, deixou alguns religiosos tão revoltados que foram organizadas marchas de protesto contra o disco. O álbum está cheio de conteúdo anti-cristão, em faixas como "The Reflecting God" e em letras pesadas: "When you are suffering, know that I have betrayed you". Mestre da anti-religião em toda a sua carreira, Manson chocou mais com o álbum "Holy Wood (In The Shadow Of The Valley Of Death)" ("Madeira Santa (da Cruz) [À Sombra do Vale da Morte]") em que se via Brian a passar por Jesus na cruz.





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"Imagine there's no countries / It isn't hard to do / Nothing to kill or die for / And no religion too / Imagine all the people / Living life in peace" . Musica de John Lennon, que ao longo do tempo tem revoltado inúmeros religiosos. Varios Covers foram feitos tendo alguns alterado a letra para and a religion too. Contudo alteraram o objectivo que John Lennon pretendia alcançar coma música.




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Partidários da repreensão à religião, o Slayer agravou o precedente, em 2001, com o lançamento do controverso "God Hates Us All" ("Deus nos odeia a todos"). Assustadoramente lançado em 11 de setembro, o título era uma alusão à permissividade de Deus com relação a assassinatos, terrorismos e coisas do gênero, ao nada fazer para impedí-los. Além de músicas a troçar com a religião, a capa mostrava ainda pregos em uma bíblia (o guitarrista Kerry King queria os pregos em forma de um pentagrama, mas isso foi reprovado pela gravadora) e foi rapidamente banida por muitas lojas. Uma capa alternativa foi lançada posteriormente.




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A banda de death metal Deicide é assumidamente anti-cristã nas suas letras e temas. Glen Benton tem uma cicatriz de cruz invertida, feita com fogo, em sua testa, e durante 1990, prometeu cometer suicído quando completasse 33 anos, a suposta idade em que Jesus morreu. Como era esperado, quando completou 33 anos em 2000, não se matou. Resumindo, a posição da banda perante a religião é clara quando Steve Asheim disse: "A única razão da música satânica é a blasfemia contra a igreja. Eu não acredito ou adoro Deus ou um Demônio. A vida já é curta o suficiente.".




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Francis Rossi, guitarrista e vocalista do Status Quo, atacou a religião quando, em 2003. Ele disse: "Eu não acredito mais em um Deus que destroi o mundo, eu não acredito no diabo, eu não acredito em um ser supremo que diz que tudo vê, tudo ama. É tudo uma Milenar mentira."




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Um dos maiores hits do XTC, "Dear God", de 1986 foi boicotado por várias lojas que temiam uma revolta religiosa. De batida rápida (até o último verso), suas letras são provocativas, com cada verso dedicado a Deus e terminando com “Dear God, I Can't believe in you” . Na parte final ouve-se o vocalista Andy Partridge declarar: “I wont believe in heaven and hell. No saints, no sinners, No devil as well. No pearly gates, no thorny crown. You're always letting us humans down. The wars you bring, the babes you drown” . Sobre a bíblia, ele canta: "Us crazy humans wrote it... I know it ain't true and so do you".




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A lenda do Black Sabbath, Ronnie James Dio, causou um escândalo por conta da capa de seu álbum de estréia, "Holy Diver", em 1982, que mostrava um padre sendo chicoteado por uma gárgula demoníaca. Pouco preocupado com a questão, Dio respondeu às críticas sugerindo que as aparências enganam, dizendo que poderia ser uma alegoria sobre um padre sendo corrompido pelo mal ou simplesmente o diabo torturando um clérigo azarado.




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Em 1991, Chris Cornell e sua banda Soundgarden lançaram a faixa "Jesus Christ Pose". Embora sem atacar a religião propriamente dita, a música condenava as pessoas que usam a religião para obter lucro ou dizer que são perseguidos por suas crenças. O videoclip elevou a discussão de alguma forma, mostrando cruzes em fogo, um esqueleto crucificado e (o mais chocante para os cristãos mais tementes), uma mulher crucificada.




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O vocalista Morgan Steinmeyer Hakansson, dos Marduk, criou o grupo com o objetivo de criar a "banda mais anti-religiosa do mundo". E não esteve longe de alcançar o seu objectivo. A chocante "Jesus Christ... Sodomized" fala: “Eat his body, drink his blood and be a slave under the yoke of god, Piss on Christ and kill the priest, follow nature - praise the beast” . Encantador. Perturbadoramente, as letras do Marduk também lidam com o nazismo, embora a banda negue veementemente ser partidária dos princípios do partido alemão. Talvez seu trabalho mais perturbador seja a demo "Fuck Me Jesus".




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Durante a turnê inglesa de 1997 do Cradle of Filth, a banda de metal revelou uma controversa e triste camisola. Estampado mostrava uma freira de topless a masturbar-se e o slogan "Jesus Is a Cunt", na parte de trás. Surpreendentemente, a peça foi banida em vários países, incluindo a Nova Zelândia, em que fãs encararam multas e sessões em tribunal por usá-la em público. Mais uma triste cena desencadeada por umas das bandas mais vergonhosas de todos os tempos...Digo eu bah. Se calhar sou eu que não sei analisar as situações...




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Assim como o Deicide (a outra banda do vocalista Glen Benton), a banda de death metal Vital Remains tem letras que, em quase a totalidade, são anti-cristãs. A música "Dechristianize", de 2003 (uma faixa conceitual sobre a "descristianização" da França durante a Revolução Francesa) ataca selvagemente a religião: “I deny god and all religion... Turn up the whites of their eyes... Dechristianize... Dechristianize!”. As capas dos seus álbuns tem o mesmo tom, notadamente a chocante arte de "Icons Of Evil", de 2007, que mostra uma figura gigante dando uma marretada no corpo de Cristo na cruz.




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Aclamados na Suécia, a banda de death metal pesado Aeon parece conter o suposto espírito do próprio Lúcifer quando declamam suas letras. "God Gives Head In Heaven", do álbum "Bleeding The False", resume o espírito em frases venenosas como: "Forced to fuck your God, He wants it up his ass...". "Biblewhore" é igualmente chocante: “I laugh at you bible whores, Slave bastards you are, Living a lie under god (sounds like living the life on the cock), I laugh at your Jesus Christ, Open your eyes, He looks so pathetic weak nailed to his cross”





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Apesar do nome, o Bad Religion afirma não ser totalmente ateísta. Na verdade, usam a religião como uma analogia a opressão. Greg Graffin comenta que: "Fé no seu parceiro, nos homens, em seus amigos, é muito importante... Mas fé em líderes religiosos ou políticos, ou mesmo em pessoas que sobem ao palco, pessoas famosas, nao devemos ter fê nessas pessoas." Mesmo assim, a impactante letra “A bounty of suffering, It seems we all endure, And what I’m frightened of, Is that they call it 'God’s love'”, da música "God's Love", por exemplo, parece contradizer totalmente esse comentário.





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Do álbum de 2001, "Land of the Free", do Pennywise, a música "My God" é uma crítica pungente contra o Deus monoteísta. O vocalista Jim Lindberg critica o pensamento religioso lançando “Your god is a mirage, a conspiracy, you pray for forgiveness cause your sinnin', Scared to death so your money you'll be givin'”. Atacando diretamente as organizações religiosas, Lindberg continua: “Organized religion pulls the blinds then they pull the wool, they open up your head, they're fuckin' with your mind, now you can't see because you're blind”.





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A banda finlandesa de black metal ocultista Thy Serpent ridicularizou o cristianismo de forma agressiva com sua música "Christcrusher" (do álbum homônimo), de 1998. Não só rejeitam a religião, mas aparentemente, seu ódio é bem mais enraizado do que isso. Cantam: "I can't follow Jesus Christ, The biggest liar of the light, I don't need your fucking bread, Share that with the sheeps... Thousands of heathens were murdered, By Christian hands, And what they have told us, Bastards of Un-divine God, Lies, Lies, Lies".




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O artista Larry Carroll, pintou a capa para o disco de 2006 do Slayer. Um Jesus Cristo com um olho só, com as mãos cortadas, a sangrar, em uma macabra paisagem de sangue e cabeças decapitadas. O membro Kerry King gostou tanto que comprou a pintura original para sua coleção pessoal. Vários líderes religiosos não compartilhavam do mesmo entusiasmo pela obra, e, em coro, promulgaram um universal "sacrilégio". Um grupo de cristãos independentes, inclusive, apresentou queixa crime. Pouco depois, foi lançada uma desafiadora capa para a edição especial, que mostrava uma mão sangrando, com o estigma de Jesus.





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O álbum clássico de metal "Arise", da banda Sepultura, lançado em 1991, alude à religião indiretamente: "Face the enemy, Manic thoughts, Religious intervention, Problems remain”. Mas foi o videoclipe que causou o maior impacto. Gravado no gelado Vale da Morte e colocando personagens à semelhança de Cristo na cruz usando máscaras de gás, é um videoclipe atónico. Foi rapidamente (e supõe-se que previsivelmente) retirado da MTV que parecia preocupada em irritar os cristãos conservadores.





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A criatividade de Glenn Danzig, da banda com seu nome, Danzig, funde heavy metal extremo com letras pesadas que geralmente miram a religião. Em "Snakes of Christ", de 1990, grita: “Serpent Jesus, Snake of Christ, Nailed to a cross Of a holy design... Gonna build you A world of lies”. Apesar da acusação de ser satanista, Danzig sempre negou. Ele diz que é acredita em algo, mas rejeita todas as organizações religiosas e, mesmo fascinado com o mal e Satanás, não acredita nele também.





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Em uma entrevista para o Evening Standard, em 1966, John Lennon advertiu o jornalista Maureen Cleeve:"O cristianismo vai desaparecer e encolher. Eu não sei o que vai primeiro, o rock n' roll ou o cristianismo... (Os Beatles são) mais populares que Jesus agora." Ninguém reparou nos comentários até que foram impressos na revista teen "Datebook". A reação teve proporções bíblicas. Álbuns dos Beatles foram queimados em público, rádios baniram as suas músicas e espectáculos foram cancelados. No fim das contas, Lennon foi forçado a pedir desculpas em uma conferência de imprensa.



Moderação, apenas mais moderação e tolerâncida...

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